12 de novembro de 2020

Consultora da ONU fala sobre o Pacto Global em live do Sindag e Ibravag

Ana Carolina Paci falou sobre avanços nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, importância da iniciativa para as empresas e indicou ferramentas para as organizações

As propostas e ações do Pacto Global da Organização das Nações Unidas (ONU) foram o tema da Palestra Web dessa terça-feira (10), com a consultora da ONU para engajamento aos Objetivos para o Desenvolvimento Sustentável (ODS) da iniciativa, Ana Carolina Paci. O encontro virtual foi pelo canal do sindicato aeroagrícola no YouTube . Ana Carolina abordou o histórico do Pacto Global desde sua criação em 2000, falando sobre os avanços, ferramentas disponíveis às empresas e instituições signatárias e o ganho de relevância para a reputação das organizações frente inclusive ao mercado consumidor. Principalmente a partir da crise da pandemia do coronavírus.

Confira a palestra no final do texto

A programação foi comandada pela coordenadora de Eventos do Sindag, Marília Güenter, que coordena também as ações do Pacto no âmbito do sindicato aeroagrícola. Com a participação ainda do diretor-executivo do Sindag, Gabriel Colle, que destacou que o sindicato aeroagrícola é signatário do Pacto Global desde 2016. “Temos um trabalho forte na promoção e boas práticas e no treinamento de lideranças e empresários para melhorar o ambiente de trabalho e aperfeiçoar a gestão financeira”, destacou o diretor.

Evento via web foi coordenado por Marília Güenter e teve a participação dos secretário-executivo do Sindag, Gabriel Colle

Colle enumerou exemplos como a Academia de Líderes, o Projeto Mentorias e as próprias ações de prevenção à Covid-19. “Sem falar nas ações de reponsabilidade socioambiental das empresas, com campanhas comunitárias. Nó início (em 2016), eram três empresas que faziam isso. Hoje são cerca de 70.” Dados incluídos no último relatório do Sindag à ONU, juntamente com a carta de renovação do sindicato aeroagrícola renovando o engajamento ao programa.

“É importante o pessoal dar uma olhada nesse relatório, para ver que tipos de ações podem ser feitas”, lembrou Ana Carolina. Segundo ela seria importante que as próprias empresas também aderissem diretamente ao Pacto Global. “Trata-se da maior iniciativa de sustentabilidade empresarial do mundo”, completou a consultora, dizendo que, além de conteúdo as signatárias recebem ferramentas para avançar a agenda internamente. Sem no fator reputação, ao fazer parte do projeto.

Clique AQUI para conferir a lista das organizações signatárias

“Alinhados com a agenda dos ODS ganham mais competitividade e longevidade”, frisou a especialista, citando os 17 objetivos do desenvolvimento sustentável da ONU (com 169 metas e 231 indicadores). “Setenta e oito por cento das empresas da Rede Brasil do Pacto Global integram os ODS na estratégia empresarial. E mais de 51% tornaram esse compromisso público.” Entre as instituições, além do Sindag compõem a Rede a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), União da Industria da Cana de Açúcar (Unica), Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Confederação Nacional da Indústria (CNI) e várias outras.

DADOS E PRINCÍPIOS

Ana Carolina apresentou o Pacto Global a partir de uma linha do tempo desde os cenários que nortearam a criação da ONU, nos anos 40, passando pela Conferência de Estocolmo, em 1972 até a consolidação da iniciativa, em 2000. Neste caso, a partir do conceito de que o crescimento econômico global não pode ser descolado da atenção aos impactos ambientais e sociais desse crescimento. “O Pacto Global é o braço da ONU que apoia as empresas a trabalharem com sustentabilidade de forma estratégica”, resumiu.

A consultora das Nações Unidas destacou que a pauta ganhou ainda mais relevância a partir da crise da pandemia do novo coronavírus. “É uma crise sanitária que passa a ser também uma crise humanitária e econômica. Enfim, com várias esferas e muito complexa.” Ela enfatizou ainda que isso aumentou dramaticamente a exigência de uma agenda de sustentabilidade por parte das empresas e instituições. “Cada organização tem que incorporar isso na sua estratégia de negócio”, resumiu.

O que atinge também a aviação agrícola, mesmo não tendo relação direta com os consumidores finais dos produtos agrícolas. “O consumidor cada vez mais exige isso da cadeia. Ou seja, mesmo empresas b2b, que tratam com outras empresas e não com a ponta. Então chega em todos.”

Ana Carolina lembrou que o Pacto global tem metodologias e ferramentas para apoiar as empresas no alinhamento aos Objetivos para o Desenvolvimento Sustentável. Caso do SDG Action Manager, uma ferramenta de autoavaliação de que mensura o impacto da organização e ajuda a estabelecer metas. “Ajuda a priorizar os temas a em parceria com a Sitema B, que é uma certificadora.”

A consultora da ONU ressaltou que a Rede Brasil do pacto Global lançou a Estratégia 2030, com foco em aumentar o nível de ambição do setor empresarial do País no alcance das metas do ODS. “Até 2022, o foco será nos ODS 2, 5, 6, 13 e 16 (entre seus 17 itens).” Na prática, nessa ordem: Fome zero e agricultura sustentável, Igualdade de gênero, Água potável e saneamento, Ação contra a mudança global do clima e Paz, justiça e instituições eficazes.

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