6 de maio de 2021

NOTA OFICIAL – Denúncia de contaminação no Maranhão

O Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag) vem a público reforçar a segurança e a importância da ferramenta aérea no trato de lavouras no Brasil. Lembramos que, além da aplicação de produtos químicos ou biológicos para o controle de pragas e doenças nas principais culturas do setor primário brasileiro, a aviação é a ferramenta de maior tecnologia embarcada para o trato de lavouras e a única com regulamentação própria.

Um regramento que exige, por exemplo, formação técnica específica de quase todo o pessoal envolvido nas atividades em campo, além de instalações para limpeza de aviões com sistema de tratamento de efluentes e outras obrigações. Para completar, todas as operações geram relatório amplo do que foi feito em campo, abrangendo produto aplicado (com a respectiva receita agronômica), os responsáveis pela operação, condições meteorológicas e até o mapa do DGPS da aeronave, com a localização georreferenciado da área tratada e todo o traçado de voo da aeronave.

Esses relatórios têm seu resumo enviados mensalmente ao Ministério da Agricultura e toda a documentação fica arquivada na base de operações, à disposição de fiscalizações de órgãos federais, estaduais ou municipais. O que torna a aviação agrícola também a ferramenta mais transparente.

O Sindag tem trabalhado forte nos últimos anos pelo aprimoramento técnico do setor e sua transparência junto à sociedade. Isso em nome da melhoria contínua da eficiência e segurança do setor aeroagrícola brasileiro e para assegurar tranquilidade às pessoas sobre a responsabilidade ambiental de suas operações e sanidade dos alimentos e matérias-primas produzidas nas lavouras.

Por isso tudo, a entidade vem acompanhando o trabalho realizado pelas autoridades públicas no Maranhão, a respeito das investigações sobre uma denúncia de utilização de forma ilícita da ferramenta aérea no Estado. Nesse caso, colocando informações técnicas à disposição das autoridades e avaliando de que maneira, se for o caso, pode reforçar seus processos de melhoria contínua junto aos operadores aeroagrícolas – quanto à transparência e segurança ambiental e operacional.

Por outro lado salientamos a importância de se aguardar a avaliação dos fatos pelas entidades competentes. A fim de se manter o rigor técnico nas discussões sobre o problema e se ter a real dimensão da questão. Além de se evitar que conclusões precipitadas ou mesmo interesses diversos acabem desvirtuando o debate e os processos em prol da segurança no campo e sustentabilidade da produção agrícola. 

Lembramos que o Brasil tem a segunda maior e uma das melhores aviações agrícolas do planeta, que responsável por cerca das 25% das aplicações feitas em lavouras no País. Isso somado ao seu trabalho crescente nas operações aéreas de combate a incêndios em reservas naturais em todo o Brasil. Por isso, nosso trabalho é focado também em garantir a tranquilidade da população e evitar o preconceito contra os milhares de pilotos, técnicos, agrônomos e pessoal de apoio que atuam nessa atividade.

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