22 de novembro de 2022

CANADÁ: Aviação agrícola protege pinheirais da Floresta Boreal

Operações envolveram aviões e helicópteros em aplicações de larvicida biológico em mais de 700 mil hectares de árvores nas províncias de Alberta e Quebec

A aviação agrícola ajudou a proteger neste ano mais de 700 mil hectares de pinheiros no Canadá este ano, em operações contra a lagarta do abeto (Choristoneura fumiferana). As aplicações tiveram como objetivo reduzir as infestações da praga que ataca as árvores da floresta boreal – e que desde 2019 vem se tornando endêmica no país. Para isso, aviões e helicópteros aplicaram larvicida biológico Btk (Bacillus thuringiensis kurstaki), um produto seletivo (nocivo apenas para lepidópteros). Na verdade, uma bactéria que se origina na planta da batata.

Foram de 625 mil hectares de pinheiros tratados na província de Quebec e outros cerca de 100 mil hectares em Alberta, no sul do país. As operações ocorreram entre maio e julho e foram coordenadas e financiadas pelo Ministério dos Recursos Naturais e Florestas canadense.

QUEBEC: só na província a leste do país, foram 625 mil hectares de pinheirais tratados por aeronaves

Em Alberta, pelo menos 13 aviões agrícolas se envolveram na tarefa. Todos a cargo (entre aeronaves próprias e contratadas) da Forest Protection Limited, uma empresa que presta serviço para o governo canadense também em operações de combate a incêndios. Já em Quebec, as ações ficaram por conta da Sociedade de Proteção Florestal Contra Insetos e Doenças (Sopfim, na sigla em francês). Neste caso, uma entidade sem fins lucrativos, que conta com recursos privados e públicos para a proteção das florestas de pinheiro abeto.

A lagarta do abeto é natural das florestas de pinheiros. Porém, sua população tende a ter picos pelo menos a cada 30 anos. O inseto come as folhas em forma de agulhas e o desfolhamento severo nas épocas de picos populacionais enfraquecem drasticamente as árvores, provocando a morte de centenas delas.

Lembrando que a Floresta Boreal circunda todo o planeta na região subártica, ocorrendo também no Alasca, na Europa e na Ásia. Em termos de importância para o ecossistema mundial, ela só perde para a Floresta Amazônica.  

 

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