7 de janeiro de 2023

Empresa transforma aviões agrícolas em drones

Neozelandesa Skybase está testando aviões pilotados remotamente para missões de combate a incêndios e deve abranger também o trato de lavouras, combate a gafanhotos e outros tipos de operações

A empresa neozelandesa Skybase está testando aviões agrícolas Fletcher em voos sem piloto embarcado para missões de combate a incêndios. As operações foram autorizadas em maio do ano passado pela Autoridade de Aviação Civil da Nova Zelândia (CAA, na sigla em inglês). O objetivo é preparar as aeronaves para voarem mesmo em condições adversas, como mau tempo, em baixa altura e inclusive à noite – para lançamentos de água ou retardante, trato de lavouras e combate a gafanhotos.

Conforme empresa, ela começou a trabalhar há cerca de quatro anos na tecnologia, chamada SOFI e que permite tanto que a aeronave seja operada à distância, quanto da maneira convencional (com piloto no cockpit). Por trás de tudo, a estratégia foi inverter a lógica da regulação: já que, do ponto de vista burocrático, é mais complicado fazer pequenos drones voarem como aviões, a saída foi fazer o avião voar como aeronave remotamente tripulada.

Ainda segundo a Skybase, a Nova Zelândia é o lugar ideal para o desenvolvimento deste tipo de inovação, devido ao rico ecossistema aeroespacial, sistema regulatório consistente e áreas disponíveis para testes. Acrescente-se aí as exigências de relevo acidentado, clima instável e bases operacionais dispersas (o que reflete bastante na logísticas e aumenta os custos operacionais).

Terminada a etapa de laboratório, a ideia é lançar a SOFI comercialmente em 2024, buscando certificar a novidade também na Austrália, Estados Unidos e África Oriental. Com campo inclusive nas áreas de mapeamento, vigilância, operações de carga, evacuações médicas e respostas a desastres naturais.

“DRONIZADA”: Testes de campo ocorrem com um aeronave agrícola Fletcher preparada para ser pilotada à distância

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