Programação ocorre de terça a quinta-feira, em Saint Augustine, na Flórida, com algumas das maiores autoridades em prevenção combate a vetores com tecnologias aéreas e terrestres

A aviação agrícola brasileira marcará presença nesta semana, no 18º Workshop de Vigilância de Arbovírus e Controle de Mosquitos, que ocorre de terça até quinta-feira (dias 28 a 30), na cidade de Saint Augustine, no Estado norte-americano da Flórida. Durante o evento, o diretor-executivo do Sindag e Ibravag, Gabriel Colle, juntamente com o presidente do Instituto aeroagrícola, Júlio Augusto Kämpf, terão contato com pesquisadores e autoridades internacionais em estratégias que incluem as aplicações aéreas entre as técnicas de combate a mosquitos e prevenção de doenças. Além de médicos, entomólogos, biólogos, gestores e outros profissionais norte-americanos, o evento terá também painelistas da Austrália, Índia, Tailândia, Mali e Itália.

O evento é promovido pelo Distrito de Controle de Mosquitos Anastasia (AMCD, na sigla em inglês), do condado de Sain John – que tem Saint Augustine como capital. Os dois representantes brasileiros devem ter um encontro também com o especialista em entomologia médica Mark Latham, uma das mais importantes referências internacionais no combate a vetores. Ele será um dos palestrantes já na manhã da terça, falando sobre uso de ultrabaixo volume em aplicações aéreas e terrestres contra mosquitos.

LATHAM: uma das maiores autoridades internacionais no combate a mosquitos, o ex-diretor (por mais de 25 anos) do Manattee Mosquito Control District será um dos painelistas do primeiro dia do evento

EXPERIÊNCIA COMPATILHADA

Até 2020 e por mais de 26 anos, Latham foi diretor do Distrito de Controle de Mosquitos do Condado de Manatee, também na Flórida – Estado que utiliza regularmente a aviação entre suas ferramentas de combate a vetores, protegendo a população de doenças como dengue, zika, Chikungunya, febre do Nilo e outras. O especialista esteve no Brasil em 1979, com uma missão da Universidade de Cambridge (Inglaterra), participando de uma pesquisa sobre doença de Chagas e, desde 1980 atuou em pesquisas e gestão do controle de mosquitos. Em 2019, ele foi o entrevistado especial da edição número 5 da revista Aviação Agrícola (confira AQUI nas páginas 24 a 31)

Nos Estados Unidos, o uso da aviação no combate a mosquitos começou a ser testado ainda nos anos 1920 e, desde a década de 40, a ferramenta aérea integra as estratégias governamentais de saúde pública. Tanto do Departamento de Saúde e Serviços Humanos o país, quanto dos mais de 60 programas de controle de mosquitos existentes entre os 67 condados da Flórida. Além disso, a própria Força Aérea norte-americana conta com uma unidade especializada nesse tipo de operação, atuando principalmente em áreas de desastres naturais, como tornados e furações.