7 de junho de 2023

GO: Sindag promove reunião com Estado sobre federalização de aeroportos

Empresários aeroagrícolas goianos conversaram com o secretário de Infraestrutura de Goiás, Pedro Salles, sobre os danos para o setor produtivo caso o projeto se concretize

O Sindag promoveu na segunda-feira (5) uma reunião virtual entre empresários aeroagrícolas goianos e o secretário de Infraestrutura do Estado, Pedro Salles. O objetivo foi alertar o representante do governo goiano sobre os danos que podem ser provocados caso o Estado leve adiante a proposta de entregar para o controle da Infraero 13 aeroportos estaduais – dos quais boa parte abriga empresas de aviação agrícola. O encontro foi encabeçado pelo conselheiro do Sindag Tiago Textor e contou com a participação também do assessor jurídico da entidade, Ricardo Vollbrecht.

Textor enfatizou ao secretário Salles que o principal problema seriam as taxas cobradas pela Infraero por cada pouso, além do estacionamento e pernoite das aeronaves nos aeroportos. Tarifas que tornariam proibitivas as operações de empresas de aviação agrícola (que na época de safra realizam dezenas de pousos e decolagens por dia), o que atingiria em cheio também a produção agrícola do Estado. “Só em na minha empresa, a conta chegaria a 1 milhão de reais por mês, que que tornaria impossível a operação”, exemplificou o dirigente.

Salles procurou tranquilizar o grupo, destacando que a ideia da federalização – anunciada em 18 de maio pelo governador Ronaldo Caiado – teria ainda que passar primeiro por uma avaliação da Infraero. Que precisaria primeiro conferir se os aeroportos seriam viáveis para a estatal, inclusive pela necessidade de eventuais investimentos em infraestrutura. “E o movimento que temos vista da Infraero é justamente entregar seus aeroportos”.

O Sindag já havia divulgado uma Nota contra a medida, no dia seguinte ao anúncio, feito pelo próprio governador Caiado com o presidente em exercício, Geraldo Alckmin e com o ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França. Lembrando que Goiás possui a quarta maior frota aeroagrícolas do País, com mais de 300 aeronaves. Boa aprte deles atuando também nas operações de combate a incêndios no período de entressafra – o que, ironicamente, oneraria ainda mais o setor na hipótese da federalização ser levada adiante.  

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