21 de março de 2020
Sindag busca minimizar impacto de linha de energia no RS
Sindicato teve nessa sexta reunião com representante de produtores da área de Santa Vitória do Palmar e na próxima semana espera abrir canal com empresa encarregada do projeto
O Sindag deve tentar na próxima semana uma reunião com a empresa Engemab – Serviços de Engenharia e Meio Ambiente Ltda, encarregada da elaboração do projeto da nova linha de transmissão entre Chuí e Porto Alegre, cortando áreas de lavouras atendidas pela aviação agrícola especialmente na região de Santa Vitória do Palmar. O objetivo é tentar minimizar impactos do empreendimento ao setor aeroagrícola. Esse foi o foco de uma reunião por Skype (teleconferência), ocorrida na tarde desta sexta-feira (20) entre o sindicato aeroagrícola e o advogado Juliano Bacelo, que representa os produtores da região de Santa Vitória do Palmar.
A conversa serviu para o Sindag se inteirar do projeto, que vem preocupando operadores que atuam na área afetada. A entidade foi representada pelo secretário executivo Júnior Oliveira e pelo empresário Enio de Cezere (Santa Vitória Aviação Agrícola), que também representa o setor no Curso de Prevenção de Acidentes Aeronáuticos – Aeroagrícola (CPAA-AG), do o Quinto Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa V).
SEGURANÇA
De Cezere explica que as preocupações são quanto à segurança das operações e a perda de produtividade com mais uma linha de energia passando na região. A aviação atende ali principalmente lavouras de arroz e soja, além de semeadura de pastagens. “Já temos diversas redes de energia na área, devido principalmente ao complexo eólico da região”, ressalta o empresário.
Conforme Júnior Oliveira, a ideia é iniciar um diálogo com a Engemab para se discutir o trajeto do novo projeto. “Queremos contribuir para que a nova linha possa ao menos passar em locais que ofereçam o mínimo possível de risco às empresas aeroagrícolas”, destacou o secretário executivo.
A empresa de engenharia presta serviço para o Consórcio Chimarrão, que é formado pela empresa espanhola Cymi Construções e Participações e pelo Brasil Energia Fundo de Investimentos, da Brookfield. O grupo arrematou, em dezembro de 2018, o lote 10 do leilão de transmissão realizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) que vai integrar o potencial eólico do Rio Grande do Sul. O conjunto de obras compreende 1,2 mil quilômetros de linhas de transmissão e duas novas subestações de energia. O investimento chega a R$ 2,4 bilhões.