1 de novembro de 2020

Aviação agrícola e combate a incêndios em destaque no Conexão Rural

Presidente do Sindag, Thiago Magalhães, e o coordenador de Sustentabilidade da CNA, Nelson Ananias, participaram neste sábado do bate-papo com o jornalista Alex Soares

O papel da aviação agrícola e dos próprios agricultores no combate a incêndios florestais no País esteve na pauta do programa Conexão Rural deste sábado. Sob o comando do jornalista Alex Soares, o debate teve a participação do presidente do Sindag, Thiago Magalhães, e do coordenador de Sustentabilidade da Confederação nacional da Agropecuária (CNA), Nelson Ananias Filho. Por parte da aviação agrícola, Magalhães destacou que o setor tem ampliado a atuação combate a incêndios por iniciativa principalmente do setor privado. “Temos notado um aumento do uso da aviação nem tanto pelo setor público, mas por uma consciência do agricultor, que tem investido também em aceiros e em brigadas de incêndios.”

Confira abaixo o vídeo do programa

O presidente do Sindag destacou ainda a alta capacidade da frota aeroagrícola. “Pelo menos 500 aviões no País têm capacidade entre 2 mil e 3 mil litros de água e cada vez mais operadores estão investindo em comportas de incêndio para suas aeronaves. Temos no País a mesma capacidade de aviões que operam em outras zonas de incêndio pelo mundo, como Espanha e Estados Unidos.” Magalhães também destacou a importância do o Projeto de Lei (PL) 4.629/2020, que inclui o uso de aviação agrícola em ações do governo para o combate a incêndios florestais no País. O projeto foi aprovado no Senado

Já Ananias Filho destacou que a CNA apoia (PL) 4.629/2020 – que foi aprovado no Senado e agora tramita na Câmara dos Deputados. Ele reforçou ainda a importância do setor aeroagrícola no apoio aos produtores contra as chamas e ressaltou que, na verdade, a quantidade de focos de incêndios no País não ficou acima da média, considerando a sazonalidade das temporadas de incêndios. No entanto, o setor produtivo é o grande impactado não só pelas perdas nas lavouras, mas também pela obrigação quanto às áreas de preservação.

“Os agricultores são os únicos responsáveis por preservar áreas de 20%, 35% ou 80 % de sua propriedade. Se há incêndio, caça ou retirada clandestina de recursos, ele é o único responsável.” E ainda assim há um preconceito na sociedade de que é o agricultor que provoca os incêndios. “Temos boas e grandes propostas para tratar queimadas e desmatamentos”, e destacou, reforçando que o setor produtivo precisa comunicar isso melhor. Para evitar o que ele chamou de “caça às bruxas travestida de discussão ambiental”.

 

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