6 de dezembro de 2021

DRONES: Mossmann tem inscrições para última turma do ano do Caar

Desde outubro o curso é obrigatório para operações com aparelhos remotos em lavouras e já teve cerca de 90 alunos formados em três edições desde 15 de novembro 

A empresa Mossmann Assessoria e Consultoria está com inscrições abertas para a última do ano do Curso para Aplicações Aeroagrícolas Remotas (Caar), que será online, de 13 a 18 de novembro e é obrigatório para quem pretende operar drones no trato de lavouras. O curso da Mossmann é o primeiro (e até agora único) homologado no País segundo a Portaria 298/21 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que entrou em vigor em outubro regulando o uso dos também chamados veículos remotamente pilotados (ARPs, segundo a designação da Portaria) na aplicação de insumos em lavouras.

O investimento é de R$ 2,7 mil por aluno, com 5% de descontos para clientes da Mossmann e associados do Sindag ou do Ibravag. As inscrições pelos fones (67) 9665-2894 ou 99913-2487 ou pelo e-mail mossmann.capacitacao@hotmail.com  .

A própria Portaria 298/21 determina como tem que ser o currículo do curso, que tem três módulos, abrangendo características básicas das ARPs, uso dos drones na agricultura, legislação sobre agrotóxicos, boas práticas aeroagrícolas, toxicologia e ecotoxicologia, teoria da gota e deriva, meteorologia, preparo de calda, calibração dos equipamentos para aplicação e outros temas. Outro pré-requisito para o curso (e para operar os aparelhos) é ser maior de 18 anos.

Conforme a norma editada pelo Mapa, o aplicador aeroagrícola remoto tem presença obrigatória nas operações em campo com drones. Sua função é acompanhar, preparar a aplicação e orientar o piloto da ARP (que também tem que ser maior de 18 anos e precisa seguir as normas da Anac e do Decea durante a operação). A norma permite que o operador seja também o piloto, desde que todos os requisitos legais sejam cumpridos e se garanta a segurança na operação. Outro detalhe importante: caso o operador do drone seja um coordenador de aviação agrônomo (agrônomo) um técnico agrícola com curso de executor em aviação agrícola, a Portaria do Mapa dispensa a obrigatoriedade do Caar. 

Além disso, a rodada de formação da Mossmann sobre o Caar também teve vagas gratuitas ocupadas por agentes de órgãos reguladores e entidade parceira estaduais – como ocorre com os cursos de coordenadores e de executores em aviação agrícola (para familiarizar os agentes com as rotinas do setor). No caso, com a participação de dois fiscais da Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária de Alagoas (Adeal) e um representante do Departamento Técnico do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural do Paraná (Senar/PR).

ESTREIA

Cerca de 90 alunos já foram formados pelo Caar da Mossmann, em três turmas ocorridas desde 15 de novembro. Além dos instrutores da empresa, as turmas contam com diversos professores convidados, ministrando aulas sobre temas diversos. A exemplo do   como prevenção de acidentes aeronáuticos, técnicas para avaliação da qualidade das aplicações, legislação para uso de agrotóxicos e sobre a própria Portaria 298/21.

Conforme a chefe da Divisão de Aviação Agrícola (DAA) do Ministério da Agricultura, Uéllen Lisoski Duarte Colatto, as palavras-chaves para o setor a partir de agora são responsabilidade e treinamento. “Com essa primeira rodada dos cursos, a Portaria do Mapa está finalmente valendo e se reconhece a necessidade de treinamento para quem atua em campo”, resume. “Estamos falando de uma tecnologia nova e bastante promissora, não só pela versatilidade, mas porque a agricultura brasileira precisa ter essa diversificação de ferramentas para acompanhar as inovações do agro”, completa Uéllen, que também destaca: “percebemos nesses primeiros cursos a presença tanto de alunos já experientes quanto pessoas que estão começando agora a atuar com a ferramenta. Mas, para todos, é preciso estudar e trabalhar bem”.

O presidente do Sindag, Thiago Magalhães, participou da abertura dos cursos também destacando a necessidade de todos atuarem dentro da legalidade e de olho nos conceitos de boas práticas. “Trabalhamos desde 2018 junto com o Mapa para termos uma normativa equilibrada e que ajude o setor a se organizar. Agora, é responsabilidade de todos agir com bom senso e profissionalismo pelo bem de todo o setor”, reforçou, destacando o foco na segurança, sustentabilidade e reputação.  Entre os professores convidados, a rodada do Caar tem o agrônomo Diego Belapart, doutor em controle de plantas daninhas (técnicas para avaliação da qualidade na aplicação com drones); o coordenador do Núcleo de Agrotóxicos da Agência de Defesa Sanitária do MS (Iagro), Carlos Eduardo Bittencourt (Legislação para uso de agrotóxicos), além dos doutores em Agronomia Lucas Fernandes de Souza, do Mapa (Portaria 298/21), e Henrique Campos (testes de aplicações aéreas com drones). Sem falar na participação do suboficial da reserva da Força Aérea Brasileira Milton Cardoso de Lima (sistemas de investigação e prevenção de acidentes).

Conforme a assessora de Documentação do Sindag e diretora da empresa que ministra o curso, Cléria Mossmann, o fato das turmas terem uma participação muito grande de alunos que já operam no mercado de drones demonstra a grande demanda de operadores que precisam se adequar às regras do Ministério da Agricultura. Aliás, a própria elaboração da Portaria 298/21 – que teve a participação do Sindag, do Instituto Brasileiro da Aviação Agrícola (Ibravag) e de empresas e operadores de equipamentos remotos – iniciou-se a partir de uma demanda dos fiscais do Mapa, em 2018. O objetivo era adequar as regras então existentes sobre o trabalho aeroagrícola (onde se enquadra a ferramenta) à tecnologia remota. O Brasil foi um dos primeiros países no mundo a terem regras específicas para o trabalho aeroagrícola com drones – atrás, por exemplo, da Turquia. Mas, justamente pela sua tradição aeroagrícola (com a segunda maior e uma das melhores frotas do mundo no setor), conseguiu construir um regramento moderno, viável do ponto de vista prático e facilmente fiscalizável.  

Turma do próximo dia 13 será a última do Caar da Mossmann este ano…

…depois de três rodadas ocorridas desde 15 de novembro, capacitando cerca de 90 alunos no primeiro curso homologado pelo Mapa segundo a Portaria 298/21

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