A empresa aeroagrícola do sudoeste goiano lançou mais de 230 mil litros de água contra chamas em lavouras e reservas naturais

A empresa Fort Aviação Agrícola, de Rio Verde, no sudoeste goiano, lançou cerca de 230,5 mil litros de água contra focos de incêndios em vegetação este ano. O balanço foi informado ao Sindag – que iniciou neste mês um levantamento junto às associadas, sobre a temporada das chamas. O período de incêndios vai de julho a setembro, mas este ano algumas empresas ainda combateram focos em outubro. Segundo o sócio-gerente Clertan Alves de Macedo, só a Fort realizou 396 voos contra incêndios. Como ocorre anualmente entre as empresas que colocam suas brigadas aéreas à disposição de produtores rurais e órgãos governamentais, pilotos e pessoal de apoio da Fort tiveram em junho treinamento pré-temporada, além de reuniões com produtores rurais e bombeiros.

O empresário explica que, para 2022, a ideia é iniciar os preparativos antes, focado em aperfeiçoar o protocolo de acionamento das aeronaves. “Fizemos um bom trabalho este ano, mas poderemos fazer mais se o acionamento do apoio aérea for antecipado”, explica. Segundo Clertan, neste ano muitos combates foram mais difíceis justamente por causa da demora em se acionar as aeronaves. “O ideal é chegarmos antes ou ao menos junto com a equipe em solo, fazendo um primeiro ataque para permitir a aproximação dos bombeiros e brigadistas.” Do contrário, o incêndio cresce muito rápido e, além da maior dificuldade na extinção das chamas, a fumaça mais densa aumentam os riscos do voo.

Só no Sul e Sudoeste Goiano, pelo menos quatro empresas aeroagrícolas atuam em combate a incêndios em vegetação: além da Fort, a Aerotex Aviação Agrícola e a Tradição Aero Agrícola em Rio Verde, e a Aerotek Aviação Agrícola em Quirinópolis. As empresas formam suas brigadas mantendo pilotos e técnicos de solo em plantão durante a entressafra das lavouras (justamente a temporada das chamas). As equipes operacionais realizam treinamentos pré-temporada (repassando protocolos de chamada e as táticas no teatro de operações) e a dinâmica das operações é combinada com os bombeiros, produtores rurais e os responsáveis pelas brigadas de cada propriedade.   

Operações foram intensas no Sudoeste Goiano em 2021 e expectativa é aprimorar os protocolos de atendimento para o ano que vem, em parceria com bombeiros e produtores rurais