29 de junho de 2020

GAFANHOTOS: chuva suspende operações na Argentina e prontidão segue na fronteira gaúcha

Expectativa é de mudança de ventos nesta terça-feira e crise será tema de uma videoconferência na quinta-feira (2), entre entidades aeroagrícolas e autoridades do Brasil, Argentina e Uruguai

A chuva desta terça-feira (29) na província argentina de Corrientes suspendeu as operações de combate à nuvem de gafanhotos que segue próxima à região de fronteira do País com o Rio Grande do Sul e o Uruguai. Enquanto isso, no lado brasileiro, segue o alerta para o caso de deslocamento dos insetos rumo ao País. Paralelamente, entidades da aviação agrícola do Brasil, Argentina e Uruguai, junto com autoridades do Ministério da Agricultura de cada País, preparam uma videoconferência para a próxima quinta-feira (2), a partir das 10 horas. Na pauta, o balanço até então da crise e a possibilidade de ações conjuntas entre os três países – caso a situação de agora persista e em situações semelhantes futuras.

Conforme o presidente do Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag), Thiago Magalhães Silva, a videoconferência terá transmissão ao vivo pelo YouTube, no canal da entidade (www.youtube.com/sindagaviacaoagricola). O encontro acabou incluído na programação do Congresso Web, com debates e palestras promovidos desde o último dia 27 pela Sindag (e que vai até 23 de julho). O sindicato aeroagrícola brasileiro também segue participando da força-tarefa coordenada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para elaboração de m plano permanente nacional para combate a gafanhotos.

COMBATE

Segundo o representante local das Confederações Rurais Argentinas (CRA), Martin Rapetti, nesta segunda-feira os insetos foram localizados na região do município de Sauce – a cerca de 150 quilômetros de Barra do Quaraí. Os trabalhos em campo ocorrem em conjunto entre equipes o Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar (Senasa) e dos governos da província de Corrientes e do Município de Curuzú Cuatiá.

No lado brasileiro, segue a prontidão para o caso de um deslocamento da nuvem rumo ao Rio Grande do Sul, embora o clima mais frio reduza as chances da chegada dos insetos ao território brasileiro. Segundo o fiscal agropecuário Juliano Ritter, da Secretaria de Agricultura do Estado, para esta terça, a preocupação é coma a entrada de vento sudeste. Encarregado de monitorar o clima na região – e atento à movimentação do outro lado da fronteira, Ritter conta que a segunda-feira na fronteira foi chuva, frio e vento suave.

FINAL DE SEMANA

No domingo (29), as ações abrangeram operações de pulverização por terra (com bombas costais) pela manhã. No entanto, pouco depois do meio-dia os insetos decolaram e teriam se deslocado para sudoeste (mais para dentro da Argentina), pousando em um local entre 60 e 80 quilômetros do ponto original. Por isso, na segunda, a missão era primeiro localizar os gafanhotos e em seguida combater os insetos novamente com uso de aviões (como ocorreu na tarde de sexta-feira). No entanto, o tempo chuvoso inviabilizou aplicações.

O combate feito por aviões antes da noite de sexta havia eliminado cerca de 15% da nuvem, conforme as equipes puderam avaliar na manhã seguinte. No sábado, a nuvem havia decolado pela manhã e permanecido o dia circulando na mesma região, pousando no local onde ocorreram as ações por terra, no dia seguinte. está prevista a entrada de vento sudeste pendendo para oeste. No entanto, segue o alerta na região.

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