29 de junho de 2020

Gafanhotos se deslocam novamente na Argentina e segue alerta na fronteira

A nuvem de gafanhotos que desde maio se desloca pela Argentina e que colocou o Brasil em emergência fitossanitária (e a aviação agrícola em alerta na fronteira do Rio Grande do Sul) se movimentou novamente neste domingo (28).
Ainda pela manhã, as equipes do Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar (Senasa) e dos governos da província de Corrientes e do Município de Curuzú Cuatiá realizaram aplicações com pulverizadores costais (com aplicadores a pé). O trabalho ocorreu a partir das 10h30, mas por volta do meio dia os gafanhotos decolaram e seguiram rumo sudoeste.

A estimativa é de que eles tenham voado entre 60 e 80 quilômetros. Com isso, as operações na manhã desta segunda-feira (29) serão primeiro para localizar os insetos. A expectativa é de que durante o dia os trabalhos possam contar com o apoio de uma aeronave agrícola. Mesmo com a chegada de temperaturas mais baixas na fronteira e com os insetos se dirigindo mais para dentro da Argentina, as empresas aeroagrícolas gaúchas seguem de prontidão na fronteira com o país vizinho.

No sábado o presidente do Sindag, Thiago Magalhães Silva e o diretor-executivo da entidade, Gabriel Colle, tiveram uma videoconferência com empresários da região de Uruguaiana. O objetivo foi checar a disponibilidade das aeronaves agrícolas na região e repassar as informações sobre o plano permanente contra pragas de gafanhotos, que está sendo elaborando no âmbito do Ministério da Agricultura (com a participação do Sindag, governos estaduais e diversas outras entidades). O sindicato aeroagrícola começou a levantar o número de aeronaves prontas para ações também na faixa entre Alegrete e Pelotas até a fronteira sul do Estado.

Ainda no sábado, os insetos haviam sido localizados sábado no interior de Curuzú Cuatiá, a cerca de 130 quilômetros da fronteira brasileira. Com uma operação ocorrendo apenas no final da tarde, a aviação agrícola argentina ainda conseguiu eliminar apenas 15% da nuvem. Os insetos ainda decolaram e circularam a mesma região, pousando e sendo combatida por terra na manhã do domingo, mas com efetividade muito pontual (as equipes não puderam contar com avião durante o dia).

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