8 de fevereiro de 2025

Há 77 anos o País ganhava sua primeira piloto agrícola

Uma das maiores heroínas da aviação brasileira, Ada Rogato foi também a primeira mulher a voar contra pragas, na semana do Carnaval de 1948  

A sexta-feira (7) marcou os 77 anos do primeiro voo agrícola feminino no Brasil, com a piloto paulista Ada Rogato. A operação, que na época foi realizada pelo Instituto Biológico Paulista, introduziu a aviação no combate à  broca-do-café. Ada, então com 37 anos de idade e mais de 1,2 mil horas de voo no currículo (já uma estrela da aviação brasileira) era também funcionária do Instituto.

A primeira operação ocorreu no Município de Gália (a cerca de 400 km da capital paulista e 60 km de Bauru), no centro-oeste do Estado. Nos dias seguintes (semana do Carnaval), Ada ainda operou nos municípios vizinhos de Garça e Marília. Até que no dia 11 (Quarta-Feira de Cinzas), sofreu um acidente na Fazenda Chantebled, pertencente à Companhia Cafeeira do Rio Feio. Em um distrito então pertencente a Cafelândia (hoje Júlio de Mesquita).

PIONEIRA: Ada realizou voos no interior paulista utilizando um monomotor Paulistinha CAP-4 – foto: arquivo Instituto Biológico

Segundo registros do Instituto Biológico, Ada se recuperou do acidente e voltou a voar contra a broca. Neste caso, com o Paulistinha CAP-4 denominado de Gafanhoto. Avião que havia sido doado ao órgão pela Campanha Nacional de Aviação Civil. O aparelho recebeu o nome porque havia sido doado para uso contra nuvens de gafanhotos.

O uso de aviões acabou marcado uma virada na proteção do café, que, segundo o órgão, era um dos principais produtos da agricultura brasileira então. E do qual o Brasil era um dos principais produtores mundiais.

A história do Sindag foi contada em um vídeo lançado em 2023, pelos 75 anos da operação pioneira. Reveja abaixo:

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