7 de novembro de 2023

MS Sindag participa de audiência sobre proteção do Pantanal

Reunião da Comissão de Meio Ambiente da Assembleia Legislativa teve a participação do diretor operacional do sindicato aeroagrícola, Cláudio Júnior Oliveira, e do superintendente do Crea/MS, Jason  Benites de Oliveira

A aviação agrícola esteve em destaque nesta terça-feira (7), na reunião que debateu a preservação do Pantanal na Assembleia Legislativa do Mato Grosso do Sul. O encontro foi promovido pela  Comissão Permanente de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da casa. E serviu também para sublinhar a importância do setor aeroagrícola para o Estado, com as falas do diretor operacional do Sindag, Cláudio Júnior Oliveira, e do superintendente técnico do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Mato Grosso do Sul (Crea/MS), Jason Brais Benites de Oliveira.

Confira o vídeo no final do texto

O foco da discussão foi avaliar a necessidade de melhorar a legislação estadual para proteger o bioma, em comparação ao vizinho Mato Grosso. Nesse quesito, Jason Benites pontuou a alta regulação que a aviação agrícola possui em nível nacional e destacou o trabalho dos agrônomos e técnicos agrícolas – que são profissionais de atuação obrigatória nas operações aéreas.

O representante do Crea/MS também salientou o trabalho criterioso dos engenheiros agrônomos no controle fitossanitário (químico ou biológico) de pragas. Desde a emissão da receita agronômica e o controle existente sobre a venda dos insumos para o produtor (que tem recomendação para tipos de culturas e doses específicas). Até o foco em reduzir custos para o agricultor e minimizar riscos para o meio ambiente.  

VIRTUDES

INFORMAÇÕES: além de apresentar dados comprovando a importância e segurança do setor aeroagrícola…

Já a apresentação do diretor Júnior Oliveira abrangeu desde o histórico e tecnologia da aviação agrícola (em seus 76 anos de história no País), até os tipos de lavouras atendidas pelo setor e sua importância para aliar otimização do uso de insumos e produtividade no campo. Ou, em outras palavras, produzir mais sem aumentar área plantada, usando menos insumos e preservando o meio ambiente.

O representante do Sindag ressaltou que as cerca de 140 aeronaves agrícolas em operação no Estado, que voam cerca de 10 milhões de hectares de área tratada (no somatório das aplicações). Ele ainda traçou um paralelo com o avanço geral da tecnologia no campo, onde de 1980 a 2018, a produtividade agrícola do país cresceu 360%, enquanto a área plantada avançou apenas 24%.  “Em todo o Brasil, a aviação agrícola cresceu cerca de 50% nos últimos 10 anos justamente porque a produtividade foi solicitada”.

Oliveira também falou sobre o avanço da tecnologia embarcada nas aeronaves, a entrada em cena dos drones (que se tornaram um complemento importante para os aviões) e assinalou o próprio avanço da legislação. Destacando, por exemplo, o avanço dos sistemas de DGPS – que, além de orientar o piloto, tornou-se um verdadeiro computador de bordo, automatizando a aplicação e registrando toda a operação. /registro, aliás, que é incluído nos relatórios minuciosos de todas as operações, que são quinzenalmente enviados ao Ministério da Agricultura.

…Oliveira também entregou à Comissão de Meio Ambiente exemplares do Manual da Aviação Agrícola e o Manual do programa BPA Brasil

“Um piloto agrícola consegue fazer aplicações em 1 mil a 1,2 mil hectares de terra em uma manhã, aproveitando melhor a janela climática para isso. Enquanto seriam necessárias 500 pessoas com pulverizador costal para cobrir a mesma área em um dia de trabalho”, comparou. O dirigente aeroagrícola também enumerou ações institucionais do setor, como a campanha Chega de Mitos Contra a Aviação Agrícola, o relatório sobre Fatos e Mitos do setor, o programa Boas Práticas Aeroagrícolas (BPA Brasil), o MBA em Inovação e Sustentabilidade Aeroagrícola e outras iniciativas. Além de ter abordado estereótipos que rondam a atividade, o uso da ferramenta aérea em estratégias da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (Fao), o protagonismo do País na legislação de drones e outros aspectos. 

O encontro teve ainda a presença do consultor Agadir Mossmann – da Mossmann Assessoria e Consultoria Aeroagrícola, além de representantes de empresas do setor no Estado.     

Confira abaixo o vídeo da audiência pública:

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