12 de maio de 2024
Operações aeroagrícolas humanitárias em destaque no Conexão Rural
Entrevista do sábado no quadro Nas Asas da Aviação Agrícola foi com o presidente do Ibravag, Júlio Augusto Kämpf
As operações humanitárias da aviação agrícola para transportar medicamentos e outros produtos essenciais para comunidades atingidas pelas enchentes no Rio Grande do Sul foram destaque no sábado, no programa Conexão Rural, da Rádio Acústica FM, de Camaquã/RS. Para isso, a entrevista no quadro Nas Asas da Aviação Agrícola desta vez foi com o presidente do Instituto Brasileiro da Aviação Agrícola (Ibravag), Júlio Augusto Kämpf.
Na conversa com o jornalista Alex Soares, Kämpf destacou a ação do empresário Francisco Dias da Silva (Kiko) em reunir as quatro empresas que participam das operações, a partir da central de distribuição a Defesa Civil em Santa Cruz do Sul. No caso, a Nitz Aviação Agrícola, de Pantano Grande, e Sepal Aviação Agrícola, de São Sepé, além das empresas DP e Terra Aviação Agrícola, de Cachoeira do Sul.
Confira a integra da entrevista no final do texto
O grupo reuniu nove aeronaves e as cadastrou junto à Defesa Civil do Estado, para operar a partir da cidade no Vale do Rio Pardo. Ponto de partida para entregas em diversos municípios gaúchos.
Alex lembrou que a ideia deu tão certo que a equipe aeroagrícola começou a coordenar também os voos de táxi aéreo e de aeronaves particulares que foram se agregando às operações. “É preciso agora se criar um protocolo para esse tipo de operação (com a Defesa Civil)”, destacou Kämpf. A exemplo do combate a incêndios com aeronaves, que há décadas já tem um protocolo operacional.
“A Defesa Civil recebeu como novidade essa ação da aviação agrícola. E já poderíamos ter esse protocolo”, reforçou o presidente do Ibravag. Ponto em que Soares aproveitou para conjecturar outras situações em que o setor aeroagrícola poderia atuar beneficiando diretamente a população. “A exemplo do combate a vetores”, citou, batendo na tecla da proposta defendida há mais de 20 anos pelo setor – para que se inclua as ferramentas aéreas na guerra contra a dengue (a exemplo do que ocorre em outros países).
CAMPANHA
No caso específico das cheias históricas no Rio Grande do Sul (que já afetam mais de 80% dos 497 municípios gaúchos), a ajuda humanitária por parte do setor aeroagrícola recebeu sinal verde da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). A partir daí, o Sindag e o Ibravag iniciaram a campanha Aviação Agrícola pelo Rio Grande do Sul- SOS 2024, com arrecadação de recursos para compra de combustível para as aeronaves envolvidas nas operações, além da realização de 51 voos para o transporte de mais de 30 toneladas de mantimentos.
A campanha ainda segue por tempo indeterminado e recebeu também apoio de entidades coirmãs do Mercosul. No caso, a Federação Argentina de Câmaras Agroaéreas (Fearca) e a Associação Nacional de Empresas Privadas Aeroagrícolas do Uruguai (Anepa). Ambas colocaram 10 mil litros de combustível à disposição dos operadores brasileiros no Aeroporto Binacional de Rivera.