7 de abril de 2021

Plano de ação e cursos para 2021 abrem seminário de combate aéreo a incêndios  

Cerca de 580 pessoas acompanharam a palestra sobre o projeto que inclui a aviação agrícola nas políticas de proteção a reservas naturais, em evento que segue nesta quinta

Cerca de 580 pessoas acompanharam, nesta quarta-feira (7), o primeiro dia do Seminário Combate a Incêndios em Cobertura Vegetal com Aviação Agrícola, que segue nesta quinta, a partir das 14 horas. A programação ocorre via web, é gratuita e pode ser acompanhada no canal do Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag) no YouTube. Os destaques na abertura ficaram por conta da apresentação do Plano de Ação 2021 do Sindag, para uma doutrina de combate a incêndios em vegetação no País, e da palestra do senador Carlos Fávaro (PSD-MT) sobre Projeto de Lei (PL) 4.629/20. De autoria do parlamentar a proposta inclui a aviação agrícola na política de governo para combate a incêndios florestais no País.

Confira o vídeo do primeiro dia no final do texto

Qualificação dos profissionais que atuam na atividade é um dos focos do Plano de Ação do Sindag e do Ibravag

Depois de um primeiro dia sobre políticas e estratégias, nesta quinta-feira (8) o foco da programação será mais técnico. A programação da tarde terá a presença de representantes das fabricantes norte-americanas de aeronaves Air Tractor e Thrush. Além da brasileira Zanoni Equipamentos, que desenvolve e produz comportas de combate a incêndios para os aviões. A mediação ficará a cargo do consultor Rodrigo Tadeu de Araújo – diretor técnico da RTC Gestão de Riscos e especialista no tema. Ele deve falar também sobre a importância da iniciativa privada nesse cenário. O evento é promovido pelo Sindag e pelo Instituto Brasileiro da Aviação Agrícola (Ibravag), dentro do projeto Aviação Agrícola 2022, que tem patrocínio da Syngenta.

SENADOR

No ponto alto do primeiro dia de seminário, o senador Carlos Fávaro explicou que o PL 4.629/20 tem como objetivo facilitar aos governos federal e estaduais a contratação de aeronaves agrícolas para operações contra incêndios florestais. Aproveitando melhor uma força de combate que, na temporada de das chamas, está justamente na entressafra nas lavouras. O projeto foi aprovado por unanimidade no Senado, em outubro. A proposta tramita agora na Câmara dos Deputados, onde já tem parecer favorável do deputado federal Zé Vitor (PL-MG), relator do projeto na Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável. Dali, o PL 4.229/20 deve ir ainda para a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJC) da casa.

Magalhães reforçou a Fávaro o apoio do setor à proposta que coloca o combate a incêndios em políticas de governo

“Incêndios ambientais são um problema sério. O fogo é voraz e em poucas horas pode se tornar um desastre gigantesco. Por isso é importante uma legislação que facilite a contratação emergencial da aviação sem deixar de garantir o controle da execução eficiente do serviço”, destacou Fávaro. O presidente do Sindag, Thiago Magalhães Silva, reafirmou o apoio do setor aeroagrícola à proposta.

O dirigente elogiou a coerência da iniciativa e lembrou a urgência da legislação específica para o tema, especialmente pela aproximação da nova temporada de incêndios. Abril normalmente é de transição entre os períodos úmido e seco e, a partir daí, começa a se desenhar a intensidade da estiagem. Segundo o Climatempo, para o outono a expectativa é de chuvas abaixo da média histórica no Sul, Sudeste e parte do Centro-Oeste.

CAPACITAÇÃO   

Na apresentação desta quarta sobre o Plano de Ação 2021, o diretor-executivo do Sindag, Gabriel Colle, destacou a criação de cursos para capacitar profissionais do setor (tanto de solo quanto pilotos) para operações contra incêndios. O projeto do sindicato aeroagrícola e do Ibravag teve inclusive com a abertura de inscrições para o primeiro deles: de introdução a operações desse tipo e no formato ensino à distância (EAD). As aulas serão noturnas e ocorrerão nos dias 3, 4, 10 e 11 de maio, na plataforma da Universidade Corporativa da Aviação Agrícola (UCAA).

Cristófolo destacou a necessidade de planejamento e a tendência crescente de demanda no setor

O primeiro dia teve ainda a participação do coordenador Vanderson Augusto Cristófolo, da Pachu Aviação Agrícola. Ele falou sobre a experiência da empresa em treinamento e operações de combate a incêndio e destacou o aumento crescente da demanda pelo serviço. Especialmente na iniciativa privada – usinas sucroenergética e outros produtores rurais.

Cristófolo reforçou que, por conta da maior procura, o setor já sente a necessidade de se ampliar o mercado a capacitação de profissionais (tanto de solo quanto pilotos) para essa atividade. “A pulverização aérea é programada. O combate a incêndio é mais correria (pela urgência e ela mudança constante de cenário). Por isso a empresa precisa estar treinada também em coordenação”, exemplificou.

 

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