31 de agosto de 2021

Reuniões com Estado discutem o uso da aviação contra o fogo em GO

Diretor Tiago Textor e o empresário Mauro Moura representaram o Sindag em dois dias de encontros com autoridades das Secretarias de Agricultura e de Meio Ambiente do Estado

Viabilizar a criação de brigadas aereoagrícolas de combate a incêndios para proteção de parques estaduais e unidades de conservação em Goiás. Esse foi o tema encontros nessa segunda e terça-feira (dias 30 e 31), do diretor do Sindag Tiago Textor e do ex-diretor da entidade Mauro Moura com representantes do governo do Estado. As reuniões dos empresários aeroagrícolas foram com o secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tiago Mendonça; a subsecretária do Meio Ambiente e Desenvolvimento, Vanessa Schmitt, e o coordenador dos Parques Estaduais, Marcelo Pacheco.

A ideia da implantação de brigadas aéreas contra as chamas chegou a ser ventilada no passado pelo Estado, mas não chegou a ter andamento. Agora, os dirigentes aeroagrícolas reforçaram o apoio do setor à iniciativa, a partir principalmente dos quatro anos de sucesso das brigadas aeroagrícolas que atendem produtores goianos na temporada de incêndios (que normalmente vai do início de julho ao final de setembro). Tiago Textor falou ainda sobre a eficiência dos pilotos agrícolas no apoio às operações contra incêndios no Pantanal e em reservas no Sudeste e Nordeste do País. Além da atuação contra o fogo em canaviais no interior paulista.

No Meio Ambiente, Textor e Moura (à direita) conversaram com a subsecretária Vanessa Schmitt e técnicos da pasta

EXPERTISE

Na modalidade de parceria das empresas agroaereas com produtores, estes se reúnem para dividir o custo do plantão dos pilotos, pessoal e apoio e aeronaves na temporada de chamas. Quem aciona o serviço, paga as horas voadas nos lançamentos de água e retardante contra o fogo. Esse tipo de operação tem se tornado ainda mais eficaz e econômica à medida que os produtores vêm percebendo as vantagens de acionar a ferramenta aérea ainda no começo do incêndio – antes dele ganhar proporções catastróficas.

No setor público, o princípio de economia tem ainda outro fator: a contratação temporária daria aos bombeiros uma ferramenta de apoio valiosa nos incêndios florestais sem que o Estado tivesse que arcar com uma estrutura permanente – aviões, pilotos, técnicos de apoio, hangar, manutenção e treinamento. Considerando ainda que uma estrutura estatal de combate aéreo a incêndios ficaria ociosa boa parte do ano, ao passo que a temporada das chamas coincide justamente com a entressafra no setor aeroagrícola. Ou seja, os pilotos agrícolas passam o ano todo “treinando” em operações intensas em lavouras e, assim, chegam sempre afiados para as missões contra incêndios.

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