Advogado e representante do setor no grupo de Direito Aeronáutico da entidade, vice-presidente Thiago Silva falou sobre história, regulamentação tecnologias, melhoria contínua e importância do setor para o País

O vice-presidente do Sindag, Thiago Magalhães Silva, foi o palestrante na noite de ontem em um evento online promovido pela Comissão de Direito Aeronáutico da seção mineira da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/MG). O dirigente (que também é advogado e representa o setor aeroagrícola na Comissão) falou durante duas horas sobre a história da aviação agrícola brasileira (que tem mais de 75 anos de história em um segmento que é centenário no mundo) e os predicados que fazem dela uma ferramenta indispensável para aliar produtividade e sustentabilidade na agricultura brasileira. O encontro foi coordenado pelo presidente da Comissão de Direito Aeronáutico, Sério Luís Mourão.

Thiago Silva destacou a extensa regulamentação existente sobre a atividade, exigindo, por exemplo, pátio de descontaminação, formação específica para praticamente todos os envolvidos – piloto, agrônomo e técnico agrícola (personagens essenciais em cada operação em campo), além do mecânico especialmente certificado para cada tipo de aeronave e outros profissionais. Ele frisou também a fiscalização existente sobre a atividade – pelo Ministério da Agricultura, Anac, Decea, Ibama, secretarias estaduais de Agricultura e Meio Ambiente, Crea, CFTA e outros órgãos.

SEGURANÇA: Dirigente falou sobre a regulamentação, tecnologia e outros predicados que tornam a ferramenta essencial para o crescimento sustentável do agro no País

E destacou ainda como é feito o planejamento de cada operação em campo e a tecnologia envolvida na atividade – sistema DGPS (que oriente o piloto na lavoura e registra todo o trajeto de voo (inclusive onde o sistema de pulverização passou aberto e fechado), fluxõmetro (que regula a quantidade exata de produto em cada trecho, de acordo com a velocidade da aeronave), válvula by-pass (que tem fechamento e abertura automática pelo DGPS) e outras tecnologias que garantem a segurança e eficiência do trabalho.   

MERCADO

O dirigente do Sindag também se debruçou sobre o mercado aeroagrícola, tendo em vista não só sua versatilidade de suas ferramentas (com drones de capacidade cada vez maior e aviões que realizam também semeadura, adubação e ainda fazem o combate a incêndios em vegetação), como em relação ao seu protagonismo para garantir níveis altos de produção sem o avanço da fronteira agrícola sobre áreas de preservação. Traçando ainda um paralelo ao papel da agricultura na economia brasileira (27,5% do PIB), frente à importância de uma discussão ampla sobre o significado da segurança alimentar diante do aumento da população global