25 de abril de 2020

Presidente da Fearca defende uso de aviões no combate a mosquitos

Dirigente argentino explicou, em entrevista a uma rádio, que um avião cobriria em uma hora toda a capital de Entre Rios, que tem 240 mil habitantes

O presidente da Federação Argentina de Câmaras Agroaéreas (Fearca), Mauricio Fargione, deu entrevista nessa sexta-feira (24) sobre a eficiência do uso de aeronaves no combate ao mosquito Aedes aegypti. Fargione falou à Rádio General Urquiza, na cidade de Paraná, explicando que a técnica tem aval inclusive da Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma das ferramentas contra vetores da dengue, chikungunya e zika. “Isso porque consegue fazer com que as aplicações cheguem a todos os lugares onde estão os mosquitos”, reforçou, por telefone, à emissora na capital da província de Entre Rios.

O dirigente, que é empresário na cidade de Pujato, província de Santa Fé, lembrou que “as aeronaves agrícolas têm equipamentos de última geração para aplicações contra vetores e os pilotos já são qualificados para isso”. Ele reforçou ainda que os produtos utilizados nesse tipo de operação são autorizados pela Administração nacional de Medicamentos, Alimentos e Tecnologia Médica (Anmat, equivalente à Anvisa brasileira) e pelo Ministério da Saúde. Além do fator econômico: “Em uma hora, um avião consegue cobrir toda Paraná”, ressaltou.

CONTRAPONTO  

A entrevista do presidente da Fearca durou cerca de 10 minutos e serviu de contraponto às informações recebidas pela rádio de que a técnica seria ineficiente. A resposta teria vindo ao questionar autoridades locais do porquê não realizar pulverizações aéreas na cidade, que tem cerca e 160 casos de dengue em uma população em torno de 240 mil habitantes.

Fargione ironizou ao perguntar de onde uma autoridade poderia ter tirado essa informação se, além de aprovada pela OMS e já usada no país, a técnica também é largamente empregada na América Central, em Cuba e até (rotineiramente) nos Estados Unidos. “A Fearca tem técnicos capacitados para esclarecer qualquer questão sobre isso e a entidade ainda colocou à disposição das províncias e das autoridades municipais todos os protocolos técnicos para esse tipo de operação”, completou.

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