Serão R$ 5,9 milhões para mais 300 horas de voo para combate ao fogo e 120 horas para monitoramento, em um cenário onde pilotos agrícolas já lançaram cerca de 1 milhões de litros contra as chamas no Estado

O governo de São Paulo anunciou na última semana a liberação de R$ 5,9 milhões para a contratação de serviços de monitoramento e combate a incêndios florestais com aeronaves. Os recursos serão usados via Casa Militar e devem ser empregados na contratação de 420 horas de voo – 300 horas para voos de combate a incêndios e 120 horas para monitoramento. Segundo o Palácio dos Bandeirantes, o governo paulista já conta com a contratação de outras 1,2 mil horas de voo via Secretaria do Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil) e 200 horas pela Defesa Civil que podem ser utilizadas nas queimadas.

Assim, o enfrentamento às chamas segue tendo a participação da aviação agrícola, que já lançou cerca de 1 milhão de litros de água contra as chamas no Estado – em apoio a brigadistas em solo. Isso desde o último dia 23 de agosto. Conforme dados do plataforma BDQueimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o Estado já registrou mais de 3,6 mil focos de incêndio em duas semanas.

CENÁRIO

Nesse período, as chamas já atingiram mais e 8 mil propriedades rurais em 317 dos 645 municípios paulistas. Entre os 20 cidades com mais focos de incêndios, sete deles ficam na região de Ribeirão Preto – além do próprio, a lista tem Altinópolis, Cajuru, Sertãozinho, Pitangueiras, Jaboticabal e Barrinha. Já Olímpia (na região de São José do Rio Preto) figura em segundo no ranking de municípios com mais focos.

Desde janeiro, São Paulo já teve 386% a mais de focos do de incêndios do que no mesmo período do ano passado. O que fez o Estado contratar também mais 45 brigadistas, passando para 102 o número de profissionais atuando nas equipes de solo. Além de ter fechado todos os parques localizados nas Unidades de Conservação da Região Metropolitana e interior paulista.

Além do território paulista, a aviação agrícola brasileira também está atuando contra as chamas em Goiás (especialmente em propriedades rurais), Mato Grosso e Mato Grosso do Sul (com ênfase no Pantanal) e outras regiões do País. O levantamento preliminar do Sindag junto a empresas aeroagrícolas envolvidas nas operações apontaram quase 16 milhões de litros lançados pelo setor contra chamas desde o final de junho. Porém, o levantamento é preliminar, já que a temporada de incêndios ainda deve ir pelo menos até o final do mês.

Clique na imagem para conferir a reportagem sobre a atuação
Pachu Aviação Agrícola (associada do Sindag) contra as chamas em Altinópolis:

E, abaixo, o vídeo do combate aéreo captado pela equipe de brigadistas em solo: