HISTÓRIA
Aviação Agrícola no Mundo
A criação da aviação agrícola data de 1911, por iniciativa do engenheiro florestal alemão Alfred Zimmermann, que concebeu a ideia para a proteção florestas de pinheiros em seu país. Porém, a inovação só saiu do papel em 1921, nos Estados Unidos, a partir de pesquisas de campo em parceria com a então Aviação do Exército e o Departamento de Agricultura do País para proteção e floretas no estado de Ohio contra larvas de mariposas. O aparelho usado na época foi um biplano Curtiss JN-6H Jenny.
Em 1926 foi a vez da Argentina utilizar a ferramenta aérea pela primeira vez, contra gafanhotos, em Rafaela, na província de Santa Fé. Com um avião italiano SAML com motor Fiat 100 hp. Aliás, sobre gafanhotos, a praga motivou o surgimento da aviação agrícola nos anos 1940 também no Uruguai e Austrália e outros países. Ainda em tempos modernos, gafanhotos são foco de combate do setor aeroagrícola na América do Sul, em Israel e, no início dos anos 2000, motivou inclusive uma força-tarefa aeroagrícola das Nações Unidas na África.
Veja um vídeo sobre a Aviação Agrícola no Mundo. (Inglês)
Veja um vídeo sobre os 50 anos da Fabricante de Aeronaves Agrícolas Air Tractor.
Atualmente, Austrália, Estados Unidos, Canadá, Israel (Possui uma grande frota de aviões agrícolas), África do Sul (Visitaram nosso congresso de aviação agrícola no Brasil), México, Chile (Combate também todos os anos mosquitos que passam doenças as pessoas), Argentina (Combate também todos os anos mosquitos que passam doenças), Uruguai entre outros.
Espanha, França e Alemanha, mesmo não tendo tantos problemas nas lavouras pelo clima diferente do Brasil, onde é tropical e propício a insetos, permite aplicações em casos de emergência (comuns especialmente com lagartas em pinheiros na Espanha). Esses três países realizam frequentemente operações aéreas para aplicações de larvicidas contra mosquitos – na Espanha para proteger turistas na costa do Mediterrâneo e Alemanha e França na área de fronteira entre os dois países.
Aviação Agrícola no Brasil
No Brasil, a Aviação Agricola iniciou-se em 1947, devido ao ataque de uma praga de gafanhotos na região de Pelotas, Rio Grande do Sul, onde foi realizado o primeiro vôo agrícola no País no dia 19 de agosto daquele ano, com a Aeronave Muniz, modelo M-9, bi-plano de fabricação nacional, prefixo GAP, monomotor de 190 HP, autonomia de vôo de 4 horas, equipada com depósito metálico, constituido em dois compartimentos em forma de moéga e dosador próprio, controlado pelo piloto com capacidade de carga de aproximadamente 100kg, tendo ainda o apoio técnico do Engenheiro Agrônomo Leôncio Fontelles, na aplicação de BHC.
Este dia foi instituído como o Dia Nacional da Aviação Agricola, e o piloto civil Clóvis Candiota, que realizou o vôo, é considerado o Patrono da Aviação Agricola.
Veja o vídeo da aviação agrícola no mundo que está no nosso canal do YouTube.
Décadas de 40 e 50
Em 1947 foi realizado o primeiro vôo agrícola no Brasil, mais precisamente em Pelotas, no Rio Grande do Sul. O Engenheiro Agrônomo Leôncio Fontelle e o Piloto Clóvis Candiota aplicaram produtos químicos objetivando o controle de gafanhotos.
Habilitação do Patrono da Aviação Agrícola Brasileira
No ano de 1950, iniciaram as aplicações aéreas de BHC na cultura do café. Nessa mesma época foram criadas as “Patrulhas de Tratamento Aéreo” do Ministério da Agricultura (PATAE).
No ano de 1956 a empresa Sociedade Agrícola Mambú Ltda. donos de extensas áreas de bananas na região de Itanhaém – SP, começou realizar aplicações aéreas objetivando o controle do mal de Sigatoka com uma aeronave biplana Stearman.
A empresa Sociedade Agrícola Mambú foi buscar conhecimento sobre a tecnologia de aplicação no Equador, onde essa tecnologia de controle da Sigatoka estava sendo bastante desenvolvida. Na aeronave Stearman foi adaptado um tambor de 200 litros no assento traseiro, uma bomba centrífuga eólica e dois pulverizadores fabricados pela própria empresa. Conseguiram, na época, ótimos resultados no controle fitossanitário do mal de Sigatoka com essa tecnologia desenvolvida.
Décadas de 60, 70, 80 e 90
No ano de 1965 foi criada a empresa Seara Defesa Agrícola Vegetal Ltda., que desenvolveu a tecnologia de aplicação aérea UBV (Ultra Baixo Volume) na cultura do algodão.
No ano de 1968 foi criado o CAVAG. No ano de 1969 foi fundada a EMBRAER.
Veja um vídeo que traz a década de 70, com a chegada da aeronave agrícola
Ipanema da EMBRAER
Na década de 70 houve um grande desenvolvimento nos trabalhos de aplicação aérea, mas na década de 80 os trabalhos de aplicação aérea entraram em decadência pela falta de tecnologia.
No início da década de 90, começou um ligeiro crescimento nos trabalhos de aplicação aérea de agroquímicos acompanhando o grande desenvolvimento das culturas da soja e do algodão no cerrado dos Estados do Mato Grosso e Goiás.
No final da década de 90 muitas novas tecnologias começaram a ser utilizadas pela aviação agrícola no Brasil. Novas pontas de pulverização foram desenvolvidas, novas barras de pulverização aerodinâmicas, aperfeiçoamento dos equipamentos nacionais e o GPS.
De todas essas novas tecnologias, foi o GPS a que mais se destacou, pois funcionou como um certificado de garantia de boa aplicação e, com certeza, foi responsável pelo fechamento de muitos contratos de aplicação aérea com muitos produtores.
Aviação Agrícola do Brasil é antiga e vive uma renovação constante passando de geração para geração, hoje, é a segunda maior frota de aviões do mundo e contribui incansavelmente com a proteção das lavouras, com a semeadura, com o combate aos incêndios e povoamento de rios e lagos.
Decreto sobre o Dia Nacional da Aviação Agrícola / Nº 97.669 – 19 de abril de 1989