16 de setembro de 2024
Boletim Econômico | Índice de Inflação da Aviação Agrícola (IAVAG) Volta a Registrar Deflação, com Quedas Significativas nos Combustíveis e Inflação do Brasil
Confiram as Atuais Notícias dos Indicadores que Influenciam Direta e Indiretamente para a Formação do IAVAG
Indicadores de Destaque:
Câmbio: ↑ R$ 5,40 | Estimativa/2024
CPI: 0,2% | Agosto/2024
Juros nos EUA = 5,25% a 5,50%
PIB nos EUA: ↑2,8% PIB Real – 2º trimestre/2024
SELIC: = 11,25% | Estimativa/2024
Desemprego nos EUA: ↑4,2% – Agosto/2024
PIB do Brasil: ↑2,5% | 1º Trimestre/2024 – ↑2,96% | Estimativa para 2024
Petróleo Brent: ↓-0,11% – US$ 72,88 | Contratos Futuros – 16/09/2024
Petróleo WTI: ↑0,33% – US$ 69,25 | Contratos Futuros – 16/09/2024
Heating oil: ↓-0,06% – US$ 2,1002 | Contratos Futuros – 21h45
Etanol anidro: ↓-2,75% – R$ 2,8551/Litro | Média Semanal – SP – 16/09/2024
Etanol hidratado: ↓-4,07% – R$ 2,4061/Litro | Média Semanal – SP – 16/09/2024
IAVAG de agosto: ↓-0,84%
IAVAG em 12 meses: 8,82%
Dólar
Dólar encerra o dia no valor de R$ 5,51, registrando uma queda de -1,03% e atingindo o menor nível em 20 dias. Para os próximos dias, tanto o Banco Central do Brasil quanto dos Estados Unidos (EUA), decidiram sobre qual medida monetária irão seguir. As estimativas apontam que o Federal Reserve System (Fed) comece a reduzir seus juros, fato este que vem causando valorização cambial, quando a moeda nacional se valoriza perante a estrangeira. Já os juros do Brasil estão com previsão de voltar a subir, incentivando investimentos em renda fixa e empoderando as chances da valorização do real para os próximos meses.
As estimativas para o câmbio em 2024, segundo o último relatório de mercado atualizado pelo Banco Central do Brasil (Bacen) no dia 13 de setembro, subiram para R$ 5,40, frente a R$ 5,35 há uma semana.
Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês)
No mês de Agosto, o Índice de Preços ao Consumidor para Todos os Consumidores Urbanos (IPC-U), apontou um percentual de 0,2, o mesmo de julho, na base sazonalmente ajustada. No acumulado dos 12 meses seu indicador, para todos os itens, antes do ajuste sazonal, avançou para 2,5%.
As expectativas para a inflação dos EUA no 4º trimestre de 2024, indicam uma variação média de 0,3%, totalizando 2,3% nos últimos 12 meses.
Taxa de Juros – EUA
No dia 31 de julho, o Federal Reserve System (Fed) optou novamente pela permanência dos juros nos EUA em 5,25% e 5,50%. O objetivo principal de manter os juros base da economia do país norte americano neste patamar, é de trazer a inflação para os 2,00% ao ano, sendo que atualmente o nível geral de preços nos EUA se encontra com 3,00% nos últimos 12 meses. Esse mecanismo utilizado pelo Banco Central dos EUA se chama política monetária contracionista, na qual visa retirar moeda de circulação por meio da elevação dos juros, o que atrai investidores de vários países, valorizando o dólar e desacelerando a economia.
As estimativas apontam que o FED já comece a reduzir os juros do país norte americano em sua próxima reunião de política monetária, visto que a inflação está bem próxima dos 2,00% ao ano e com boas previsões de quedas para os próximos meses.
Taxa de Desemprego – EUA
O emprego total, desconsiderando o setor agrícola, teve um ganho de 142.000 no mês de agosto, alterando pouco a taxa de desemprego no país, passando de 4,3% em julho para 4,2% no mês seguinte, conforme o Bureau of Labor Statistics (Bls). Os setores que mais geraram emprego desta vez foram o de construções e assistência médica.
As perspectivas para a taxa de desocupação dos EUA para o último trimestre de 2024, estão com projeções de 4,1%.
PIB (Produto Interno Bruto) – EUA
No segundo trimestre de 2024, o PIB (real) teve um aumento na taxa anual de 2,8%, conforme estimativa avançada publicada pelo Bureau of Economic Alalysis (Bls). No 1º trimestre deste ano o PIB (real) foi de 1,4%.
As perspectivas para o PIB nos próximos trimestres são, 1,2% no terceiro trimestre e 1,7% no quarto trimestre.
Taxa Selic (Sistema Especial de Liquidação e Custódia)
No dia 31 de julho, foi decido por unanimidade, pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil, manter a taxa Selic em 10,50% ao ano. O fator primordial e imprescindível sobre esta decisão de preservar os juros base da economia do Brasil neste patamar, seria o diagnóstico atual das contas públicas na qual já chegou a atingir o valor de R$ 7,1 trilhões até junho. Outro fator importante seria o de trazer a inflação dos últimos 12 meses, 4,23% até o momento, para a meta dos 3,0%, mesmo estando dentro do intervalo de tolerância, como forma de garantia de eventuais acontecimentos externo e internos.
De acordo com o último relatório de mercado, atualizado pelo Bacen no dia 13 de setembro, as projeções para a Selic em 2024 permanecem em 11,25%.
Desemprego -Brasil
A taxa de desemprego (desocupação) no Brasil teve um aumento de 7,9% no 2º trimestre de 2024, representando cerca de 7,5 milhões de desempregados (desocupados) e 3,3 milhões de desalentados. O Nordeste liderou o ranking do nível de desocupação, com (9,4%), seguidos do Norte (6,9%), Sudeste (6,6%), Centro-Oeste (5,4%) e Sul (4,7%). As divisões do mercado de trabalho da população brasileira neste 2º trimestre de 2024 foram ocupados (101.830 mil pessoas), desocupados (7.541 mil pessoas), fora da força de trabalho (66.709 mil pessoas) e abaixo da idade de trabalhar (40.744 mil pessoas).
As projeções para a taxa de desocupação do Brasil para o último trimestre de 2024, está com uma previsão de 7,9%.
PIB (Produto Interno Bruto) -Brasil
O PIB do Brasil avançou 3,3% no 2º trimestre de 2024, quando comparado ao mesmo trimestre de ano anterior, resultando em um valor de R$ 2,9 trilhões. No acumulado dos 4 trimestres o aumento foi de 2,5% 2 2,9% no ano. Desta vez os setores que mais vem dando engajamento no crescimento econômico do país, são dos setores da indústria (1,8%) e serviços (1,0%), quando comparado a taxa do trimestre anterior.
As estimativas para o PIB total (variação % sobre o ano anterior) em 2024, foram para 2,96%, frente 2,68% há uma semana, conforme o último relatório de mercado atualizado no dia 13 de setembro pelo Bacen.
Heating Oil
Os contratos futuros do heating oil recuaram para valores bem aproximados de US$ 2,05 por galão, neste mês de setembro. O motivo desta redução se deve ao fato de m aumento na oferta e um certo enfraquecimento por combustível. De acordo com o último relatório da Energy Information Administration (EIA), ocorreu um aumento considerável de destilados, um incremento de 2,308 milhões de barris na semana que se encerrou em 6 de setembro.
Estima se que até o final deste trimestre o heating oil seja negociado no valor de 2,30 USD/GAL, conforme modelos macro globais da Trading Economics e projeções de analistas.
Etanol
Os preços médios praticados durante a semana para o etanol anidro e hidratado do estado de São Paulo, entre os dias 06/09/2024 até 13/09/2024, apresentaram quedas nos preços, quando comparado aos da semana anterior. Conforme o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), o etanol anidro teve uma baixa de -2,75%, passando de R$ 2,9358/Litro para R$ 2,8581/Litro. O hidratado recuou em -4,07%, saindo de R$ 2,5081/Litro para R$ 2,4061/Litro.
Segundo os últimos levantamentos do Cepea para a safra de 2024/25, as incertezas são predominantes, visto que impactos ocasionados pela seca e incêndios, podem interferir no volume que será processado para os próximos meses.
INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor)
No mês de agosto, o INPC registrou uma deflação de -0,14 e um total de 3,71% nos últimos 12 meses. Segue a adiante os índices gerais e grupos de produtos e serviços, do maior ao menor, na contribuição de agosto: educação (0,67%), artigos de residência (0,60%), vestuário (0,26%), despesas pessoais (0,20%), saúde e cuidados pessoais (0,14%), comunicação (0,10%), transportes (0,05%), habitação (-0,60%) e alimentação e bebidas (0,63%).
O Ministério da Fazenda revisou novamente as estimativas de inflação do Brasil para 2024, desta vez o INPC pode ser encerrado em 3,65% neste ano, conforme o Boletim Macrofiscal da Secretaria de Política Econômica (SPE) no dia 18 de julho.
IAVAG em 12 Meses
set/23 | 1,40% |
0ut/23 | -0,50% |
nov/23 | -1,44% |
dez/23 | -2,77% |
jan/24 | 2,86% |
fev/24 | 1,11% |
mar/24 | 0,91% |
abr/24 | 2,79% |
mai/24 | -0,16% |
jun/24 | 3,33% |
jul/24 | 2,12% |
ago/24 | -0,84% |
Total | 8,82% |
Em agosto de 2024, o IAVAG apresentou uma deflação de -0,84%, fazendo com que o índice recuasse para 8,82% nos últimos 12 meses, ante 12,16% até o mês de julho. Como ilustrado nos detalhes de cada indicador, o dólar, inflação no Brasil (INPC), heating oil e etanol registraram quedas em suas variações de preços de um mês para o outro, referente ao dólar, heating oil e etanol. O único integrante que apontou uma variação positiva foi a inflação dos Estados Unidos, na qual apontou um percentual de 0,2 p.p.
Diante do que foi relatado e detalhado neste breve relatório, tanto indicadores de peso, como o dólar e inflação do Brasil, no qual tem uma carga de 40% na composição da inflação do setor aero agrícola, quanto indicadores de menor peso, 20% do petróleo e etanol, acusaram oscilações negativas, sendo esses os fatos que comprovam a deflação do mês de agosto.
Fonte
BCB, BLS, BEA, IBGE, BRINVESTING, CEPEA, GOV, TRADINGECONOMICS, IPEADATA, AGENCIABRASIL