9 de dezembro de 2020

Sindag participa da entrega do Compromisso 2020 pelo Colmeia Viva

Encontro web teve mesa redonda com o sindicato aeroagrícola e outras entidades, em um evento com representantes do Ibama e do Mapa e de órgãos estaduais de fiscalização

O presidente do Sindag, Thiago Magalhães Silva, participou, no último dia 27, do evento de entrega das metas do Compromisso Público 2020 (2017-20), do Movimento Colmeia Viva. O sindicato aeroagrícola foi convidado como entidade parceira e a cerimônia, via web, reuniu ainda as 14 empresas signatárias do Movimento. Magalhães participou da mesa redonda com outras entidades parceiras, conversando sobre os benefícios do projeto, que tem como foco promover uma relação mais construtiva entre agricultura e apicultura e incentivar o diálogo entre agricultores a apicultores. O bate-papo foi com o coordenador do Movimento e veterinário Daniel Espanholeto, e com a engenheira agrônoma Rhaissa Michievicy, que também esteve à frente da iniciativa. Espanholeto, aliás, lembrou a grande proximidade do Sindag com o projeto – inclusive, tendo sido a primeira entidade a assinar o Termo de Cooperação.

Presidente Thiago Magalhães falou em mesa redonda virtual sobre a importância e perspectivas da parceria do setor aeroagrícola com a iniciativa

O movimento cobre toda a fronteira agrícola nacional e é uma iniciativa do setor de defensivos agrícolas. Magalhães destacou no evento a importância da parceria do Colmeia Viva para o setor aeroagrícola, ajudando também a levar informações para a sociedade e ajudando a desmistificar a ferramenta aérea – extremamente importante para produção com segurança ambiental. “Ou seja, os princípios do setor aeroagrícola estão intimamente atrelados às boas práticas e sustentabilidade. Mais do que isso, focados na transparência, construção de conhecimento e melhoria contínua, para construção de uma boa reputação junto à sociedade”, destacou o dirigente aeroagrícola.

Magalhães lembrou também o espaço dado ao Movimento no Congresso da Aviação Agrícola do Brasil e ressaltou o esforço da entidade para a divulgação da iniciativa em suas mídias. Além da rodada de encontros nas bases de aeroagrícolas associadas, em parceria com a iniciativa, para promover a ferramenta Colmeia Viva APP.

PUBLICAÇÃO

O evento do Colmeia Viva foi aberto por Fabio Torretta, representando a diretoria executiva do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal (Sindiveg). Ele anunciou que, a partir de 2021 o Colmeia Viva passa a ser uma causa abraçada pelas 26 empresas associadas ao Sindiveg. O evento teve ainda anúncio do lançamento da publicação Inovação da Indústria de Defensivos Agrícolas para Uma Relação Mais produtiva Entre Agricultura e Apicultura, que reproduz a trajetória do movimento no ciclo 2017-2020 e começa a circular nos próximos dias.

“Missão cumprida”, celebrou o médico veterinário Daniel Espanholeto, coordenador do movimento. “Avançamos para proteger cultivos e abelhas, respeitando a apicultura, o meio ambiente e o direito básico de alimentação das pessoas”, acrescentou a engenheira agrônoma Rhaissa Michievicy, igualmente à frente do movimento no ciclo 2017-2020.

Além do Sindag e Sindiveg, o evento teve ainda a participação da Associação Nacional dos Distribuidores de Insumos Agrícolas e Veterinários (Andav). Também falaram sobre realizações do Colmeia Viva a diretora de Qualidade Ambiental do Ibama, Carolina Fiorillo Mariani, e o coordenador da área de Fiscalização Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Bruno Breitenbach. A diretora da Associação Brasileira de Estudos das Abelhas (A.B.E.L.H.A.), Ana Assad, ressaltou a importância da ciência atrelada ao estudo de polinizadores e da relação destes com as lavouras. 

Outra participação de peso foi a do engenheiro agrônomo e fiscal agropecuário Matheus Mazon Fraga, da Companhia de Desenvolvimento Integrado de Santa Catarina (Cidasc). “O contato com o Colmeia Viva se mostrou fundamental para avançarmos na construção de uma política pública com ganhos técnicos na relação entre agricultores e apicultores. O movimento deve se manter cada vez mais próximo dos órgãos de defesa agropecuária”, comentou.

REFERÊNCA

O professor Osmar Malaspina, da Unesp de Rio Claro-SP, que junto à sua colega Roberta Nocelli, da Universidade Federal de São Carlos-SP (UFSCar), participou da iniciativa de pesquisa Mapeamento de Abelhas Participativo (MAP), realizada entre 2014-2017, destacou a relevância desta ação. O MAP trouxe à luz as principais causas de mortalidade de abelhas, observadas em cerca de 80 municípios paulistas, envolvendo quase 200 agricultores e apicultores.

“O conhecimento produzido pelo MAP não encontra precedente em lugar nenhum do mundo. Faço um apelo ao setor apícola para que seja menos restritivo à aproximação com agricultores. Aqueles que aderiram ao projeto estão hoje produzindo mais, ampliando benefícios dessa relação. Que possamos avançar mais nessa questão nos próximos anos”, frisou Malaspina.

Espanholeto e Rhaissa explicaram que o levantamento MAP forneceu a base estratégica de ação do Movimento Colmeia Viva: criar ferramentas de comunicação e tecnologia que permitissem aproximar o agricultor do apicultor, promovendo assim uma relação mais produtiva e amigável entre agricultura, apicultura e defensivos agrícolas nas regiões produtivas do País.

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