26 de março de 2024

MOSQUITOS: live discutiu combate aéreo a vetores no Brasil

Reunião promovida pelo Ibravag e Sindag definiu os próximos passados para um protocolo que fundamente operações com drones e aeronaves tripuladas   

Estruturar um protocolo para o uso de aplicações aéreas no combate ao mosquito Aedes aegypti,  atualizar a documentação internacional e brasileira e reuni-la  em um cartilha ou almanaque, além de incluir formalmente os pesquisadores da Universidade de Brasília (UnB) e Universidade Federal do espírito Santo (Ufes) no grupo que debate o tema no âmbito da aviação agrícola. Essas foram as principais deliberações do encontro via web promovido na noite de 25 de março, pelo Instituto Brasileiro da Aviação agrícola (Ibravag), com apoio do Sindag.

Sob o título Ferramentas para o combate do mosquito transmissor da dengue e outras doenças, o evento no youtube do Sindag mostrou o quanto o preconceito existente no País contra a aviação agrícola tem sido prejudicial para a própria população. Ainda mais em um cenário onde o Brasil já tem mais de 2,2 milhões de casos da doença e contabiliza também mais de  2 mil mortos (entre casos confirmados e som investigação).

DANIELLI: Secretário de Saúde de Chapecó/SC, relatou o sucesso das aplicações de larvicidas feitas por drone na cidade

Destaque para as experiências das prefeituras Santo Ângelo/RS e Chapecó/SC, onde o uso de drones acabou sendo abraçado pelas próprias Prefeituras, na urgência de proteger a vida de suas populações. Neste caso, com as experiências trazidas pelo secretário de Saúde de Chapecó, Jader Danielli, e pelo coordenador de Vigilância Ambiental de Santo Ângelo, Rodrigo Stankowski, além do empresário aeroagrícola Leonardo Lauxen. Os três dividiram com os depois painelistas e internautas os desafios das operações feitas a partir de protocolos adaptados localmente com validação de pesquisas próprias, mas com resultado efetivo e seguro. O que incluiu também um trabalho de comunicação com as comunidades, esclarecendo a segurança das operações.

LEGISLAÇÃO E PESQUISAS

A live teve a fala ainda do assessor jurídico do Sindag, Ricardo Vollbrecht, abordando o que diz a legislação brasileira e o processo de sua elaboração – que superou inclusive questionamento junto ao Supremo Tribunal Federal (STF).  Nesse ponto, Vollbrecht lembrou a necessidade do aval de órgãos de Saúde e Meio Ambiente e sublinhou as prerrogativas dos municípios nesses quesitos.

CASE: Operação aérea de 1975, na Baixada Santista, foi LEMBRADA como exemplo de sucesso das ferramentas aéreas contra vetores no Brasil

A parte de pesquisas e experiências internacionais teve apresentações do entomologista Maurício Pasini e dos professores Rodrigo Gurgel (faculdade de Medicina da Universidade de Brasília/ UnB) e Edney Vitória, da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). Com as falas também do consultor Alan McCracken (falando diretamente da Florida, nos Estados Unidos), e Eduardo Araújo. Além de Juan Molina, da Federação Argentina de Câmaras Agroaereas (Fearca).   

00Nesse ponto, o encontro recuperou o trabalho feito em 1975, quando a aviação agrícola combateu mosquitos (com pleno êxito) na região da Baixada Santista, em São Paulo. Abordando também a realidade Argentina e como é feito o combate aéreo a mosquitos nos Estados Unidos – onde, desde os anos 1940, esse trabalho integra as políticas governamentais de saúde. E fechando com a necessidade de se revisitar a literatura sobre o tema e adequá-la (com novas pesquisas) às normas acadêmicas. Para que se passe a ter trabalhos científicos publicados sobre o assunto. O que facilitaria também elevar o nível da discussão do ponto de vista governamental.

 

 

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