Brasil compra o dobro do que vende para o chile na balança agrícola

Brasil e Chile oficializam nesta quarta-feira, em Santiago, um acordo de livre comércio, que na prática já vinha funcionando. As novidades estão por conta da adoção de mecanismos para simplificar os processos de exportação e importação, que em média levam três dias para concluir documentação, e da equalização do custo da telefonia móvel para os visitantes brasileiros em solo chileno e vice-versa.

O Brasil é o 5º maior importador de produtos chilenos, com um volume de US$ 3,4 bilhões comprados em 2017, segundo dados do Siscomex. Já os produtos brasileiros foram os terceiros que mais entraram no Chile no ano passado, fechando as vendas em pouco mais de US$ 5 bi. Assim como no Mercosul, as tarifas de importação e exportação são zeradas entre as duas pátrias.

Se a balança comercial no geral é positiva para o Brasil, na participação dos produtos de origem primária, seus derivados e correlatos o Chile goleia. Enquanto o Brasil vem gastando uma média anual de US$ 1 bilhão com importações de pescados, frutas, adubos e bebidas do Chile, para lá se vendeu US$ 443 milhões em carne bovina, tratores, farelo de soja e adubos.