14 de agosto de 2023

Hoje, 19 de agosto, é Dia Nacional da Aviação Agrícola. A ferramenta, que existe no mundo há mais de 100 anos, é septuagenária no Brasil. Tendo completado neste sábado 76 anos da operação que, em 1947, representou (na gaúcha Pelotas) o ponto de virada contra sucessivas ondas de insetos que dizimando lavouras e arruinando o sustento de comunidades interiores. Emergência que já vinha desde o ano anterior, em uma época atipicamente quente, com correntes que durante meses facilitaram o deslocamento da praga pela Argentina, Uruguai, Rio Grande do Sul e até Santa Catarina e Paraná. Em uma década de 40 que teve alterações climáticas como vemos hoje e que já havia começado com enchentes históricas do território gaúcho.

Histórias que podem ser conferidas clicando AQUI, na série de cinco matérias que o Sindag publicou em seu site, festejando a Semana da Aviação Agrícola.

Porém, apesar de seu desenvolvimento contínuo, onde o setor aeroagrícola brasileiro aprendeu a garantir a produtividade e sustentabilidade em diversas lavouras e ainda proteger biomas contra incêndios, o mês de seu aniversário teve também o lançamento de uma campanha de esclarecimento de mitos que ainda perseguem o setor. Estereótipos que, em tese, não deveriam sobreviver a um exercício simples de lógica, mas seguem reavivados a cada leva de discursos contra o modelo de agronegócio. Contra essa ou aquela corrente política e esse ou aquele modelo produtivo. Ou ainda na carona de um “bom” exemplo do exterior que, na verdade, quase sempre é um lobo em pele de cordeiro. Comose a agricultura do País, que exporta tecnologia (inclusive aeroagrícola) não pudesse ter identidade própria, já que tem biomas e clima próprios.  

E aí o problema é que, com a maioria da população desconhecendo como funciona o campo, os  absurdos “colam”. A vão longe, desde para justificar confrontos fundiários até a ausência do Estado em fiscalizações – “se não dá para fiscalizar, vamos proibir”, foi o que se ouviu na última semana, em uma audiência promovida por uma corrente pró-proibição em São Paulo. Tudo tendo por trás, na verdade, a lógica da aranha surda, que já foi tema neste espaço.

Enquanto isso, o setor segue crescendo e, agora, com uma campanha de esclarecimento buscando espaço. Começou com visitas a parlamentares em Brasília, mas, além das plataformas da entidade aeroagrícola, deve seguir também em vistas à imprensa e num corpo-a-corpo até a ponta, na comunidade de cada operador aeroagrícola nas 24 unidades da Federação onde o setor atua.

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