22 de abril de 2020

FAO corre para conseguir recursos contra onda de gafanhotos 20 vezes maior na África

Segundo o órgão da ONU, a pulverização aérea é a única estratégia eficiente contra a praga, que está colocando mais de 20 milhões de pessoa sob risco de fome 

A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) alerta para a probabilidade de uma segunda onda de gafanhotos na África Oriental, 20 vezes maior do que a primeira – ocorrida entre janeiro e fevereiro. Por conta disso, a ONU elevou seu apelo de ajuda de US$ 76 milhões para US$ 153 milhões, alertando que é necessária uma ação imediata antes que mais chuvas provoquem um crescimento ainda maior de gafanhotos em países em que população já corriam risco de escassez de alimentos.

Segundo especialistas, bilhões de gafanhotos devem eclodir dos ovos em maio e começarem uma nova devastação de colheitas a partir de junho – podendo tornar o desastre maior ainda. Segundo a FAO, a pulverização aérea é maneira mais eficaz de controlar o surto de gafanhotos, mas por causa das dificuldades em obter aeronaves na África (apenas alguns helicópteros e aviões têm participado das operações), a opção tem sido combatentes em solo, com veículos ou pulverizadores manuais. No entanto, só a Fundação Mastercard doou US$ 10 milhões para financiar operações aéreas contra os insetos.

A onda de insetos registrada no início do ano já tinha sido a maior em 70 anos em algumas regiões, atingindo fortemente a Somália, Quênia, Etiópia, Uganda e Sudão do Sul e colocando mais de 20 milhões de pessoas em insegurança alimentar. Segundo o Observatório de Gafanhotos da FAO, os enxames de insetos atacaram também a Península Arábica, o Irã e o Paquistão.

A Fundação Martercard doou US$ 10 milhões para pulverizações aéreas

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