10 de novembro de 2020

Combate a incêndios com aviões volta à pauta na manhã desta quinta

O tema será o foco da apresentação do coordenador das operações contra chamas do ICMBio, João Paulo Morita, na série Palestras Web do Sindag e Ibravag

As operações aéreas de combate a incêndios florestais no Brasil estarão novamente em pauta nesta quinta-feira (12), na série Debate Web, do Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag) e do Instituto Brasileiro da Aviação Agrícola (Ibravag). O encontro será a partir das 9 horas (horário de Brasília), pelo canal do Sindag no YouTube (www.youtube.com/sindagaviacaoagricola). A promoção desta vez tem a parceria do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). A palestra estará a cargo do coordenador de Prevenção e Combate a Incêndios do órgão, João Paulo Morita.

Morita vai falar sobre as ações em conjunto entre aviões agrícolas e brigadistas do ICMBio nos incêndios em reservas naturais administradas pelo órgão. Ele também abordará os requisitos para a contratações de aviões pelo órgão. Praticamente desde a criação do Instituto vinculado ao Ministério do Meio Ambiente, em 2007, ele faz a contratação de empresas de aviação agrícola para atuar nos incêndios em reservas como o Pantanal, Parque Nacional da Chapada dos Guimarães, no Mato Grosso; Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, em Goiás, e outros.

O assunto já havia sido tema em duas edições do Debate Web, também promovido pelo Sindag e Ibravag. As edições ocorreram nos no dia 2 e no dia 16 de setembro e reuniram especialistas, operadores aeroagrícolas, bombeiros e fabricantes de equipamentos. As discussões abrangeram técnicas, cenários e políticas para esse tipo de atividade.

Segundo estimativas do Sindag, com base em dados repassados por empresas aeroagrícolas que tiveram atuação contra as chamas este ano, a aviação agrícola lançou mais de 10,8 milhões de litros de água contra incêndios em 2020, em áreas de reservas naturais e lavouras em todo o País. O que representa mais de 6,8 mil lançamentos de água contra focos de incêndios e em torno de 1,8 mil horas voadas nesse tipo de operação. Os dados abrangem também o socorro a produtores rurais em incêndios em lavouras, especialmente no noroeste paulista e no sudoeste goiano

RETROSPECTO E PERSPECTIVA

Antes da criação do ICMBio, a aviação agrícola já atuava em parceria com o Ministério do Meio Ambiente no combate às chamas nas reservas federais em todo o país. Isso desde 1998, quando Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) teve ajuda de pilotos agrícolas contra o incêndio que consumiu 25% dos 60 mil hectares do parque nacional do Araguaia, dentro da Ilha do Bananal, no sudoeste do Tocantins. O tema inclusive foi pauta da edição nº 3 da Revista Aviação Agrícola (páginas 24 a 33).

Atualmente, a ampliação do uso de aviões agrícolas em operações contra incêndios integra o Projeto de Lei Federal (PL) 4.629/2020, aprovado pelo Senado e que tramita na Câmara de Vereadores. A proposta tem requerimento de urgência para sua tramitação e inclui o uso de aviação agrícola em ações do governo para o combate a incêndios florestais no País.

O projeto altera o Código Florestal Brasileiro (Lei 12.651/2012), determinando que os planos de contingência para combate a incêndios florestais dos órgãos do Sistema Nacional do Meio Ambiente (Sisnama) contenham diretrizes para o uso da aviação agrícola. A ideia é criar mecanismos para se aproveitar de maneira mais racional a frota aeroagrícola e pilotos que ficam ociosos durante a entressafra nas lavouras. Período que coincide justamente com a temporada de incêndios florestais o Brasil.

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