Presidencialismo de coalisão ou conchavos de alcova ?

Presidencialismo de coalisão ou conchavos de alcova ?

No Brasil, desde que se instituiu a república, foi adotado o PRESIDENCIALISMO DE COALISÃO, como princípio e modelo de governo e de governabilidade. O que isso significa ? Que, minimamente, para poder governar e editar leis um presidente precisa da maioria de seu congresso, sua câmara de deputados (câmara baixa) e seu senado federal (câmara alta), cada uma, respectivamente com 513 deputados e 81 senadores, no Brasil.

Ocorre que, num país de moral LATINA, onde levar vantagem em tudo, regra absoluta, TODOS SEMPRE QUEREM SE LOCUPLETAR, ou seja, obter cargos, salários, vantagens e etc., tudo a favor de sí, em troca da DEMOCRACIA DE COALIZÃO, traduzindo-se em, eu voto no que você quer, mas você me arranja os cargos e salários que eu quero. Obras e gastos públicos de interesses duvidosos também entram nessas negociatas.

A nefasta face da democracia de coalizão se apresenta em países de moral e cultura pouco elevada e evoluída, e, com interesses óbvios em dinheiro e locupletamento. Não dá certo, basta ver a américa latina em comparação com os USA, Alemanha, Japão (império com parlamento), Inglaterra (monarquia parlamentarista) e outros países de moral elevada, tal como a anglo-saxã, protestante e por aí vai.

O que fazer aquí? A melhor prática a ser adotada seria o parlamentarismo, qual seja, quando o primeiro ministro (vide Sir Winston Churchill, o melhor primeiro ministro do mundo, que resistiu bravamente e venceu o nazismo) pode dissolver o congresso e convocar rapidamente novas eleições para o parlamento, a fim de não paralisar os processos legislativos e governamentais de um país (vide casos Collor, Dilma e etc….).

O que ocorre aquí na pátria tupiniquim? Na verdade não existe mais ideologia, esquerda, direita e etc. O famoso “centrão”é que manda e faz gato e sapato no congresso nacional, aliando-se sempre a quem quer que seja o presidente e emperrando todas votações a troco de cargos, salários e favores políticos. O executivo fica refém e de joelhos caso não atenda as demandas do grupo dominante do congresso sempre.

A velha política é isso. Só iremos para frente a hora que tivermos parlamentos com pensamento livre de interesses que não sejam o interesse público e só. Na hora do voto temos que eliminar os corruptos e os que fazem negociatas. Isso vale para todos os cargos eletivos, seja vereador, prefeito e etc. O sufrágio é a hora do eleitor decidir seu destino.

Nossa democracia tem muito a aprender. O poder executivo não pode ficar refém de um parlamento que somente quer cargos e salários, mas também não pode ter poder absoluto de comando. Isso é a democracia e como tal deve ser exercida.

PELÓPIDAS BERNARDI
CPF 534 583 110 68 RG 1015464579 SSP RS
Aviador, Advogado e Empresário