10 de junho de 2024

Boletim Econômico | Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil Cresce 2,5% no 1º Trimestre de 2024, com Destaque para Agropecuária Total.

Confiram as Atuais Notícias dos Indicadores que Influenciam Direta e Indiretamente para a Formação do IAVAG

 

Indicadores de Destaque:

Câmbio: ↑ R$ 5,05 | Estimativa/2024

CPI:  ↑0,3% | abril/2024

Juros nos EUA = 5,25% a 5,50%

PIB nos EUA: ↑1,6% PIB Real – 1º trimestre/2024

SELIC: ↑ 10,25% | Estimativa/2024

Desemprego nos EUA:  ↑4,00% – abril/2024

PIB do Brasil: ↑2,9% | 4º Trimestre/2023 – ↑2,09% | Estimativa para 2024

Petróleo WTI: ↑3,15% – US$ 77,91 | Contratos Futuros – 15h45

Petróleo Brent: ↑2,75% – US$ 81,81 | Contratos Futuros – 15h45

Heating Oil: ↑ 2,48% – 2,4168 USD/GAL | Contratos Futuros -17h00

Etanol anidro: ↓ -0,22% – R$ 2,6170/Litro | Média Semanal – SP – 07/06/2024

Etanol hidratado: ↓ -0,06% – R$ 2,3062/Litro | Média Semanal – SP – 07/06/2024

IAVAG de abril: ↑2,79%

IAVAG em 12 meses: ↑6,37%

 

Dólar

Dólar avança frente ao real na manhã desta segunda feira, dia 10 de junho, bem próximo dos dias das divulgações de dados importantes nos Estados Unidos (USA), inflação e juros. Às 10h35 seu valor subia em 0,58%, chegando a ser cotado em R$ 5,375. Os principais fatores que alavancaram a moeda norte americana para este patamar, foram as possibilidades do Federal Reserve System (Fed) fazer apenas uma redução nos juros do país em 2024, combinado com os resultados de emprego terem apresentados números acima do estipulado pelo mercado, no mês de maio.

As expectativas para o câmbio em 2024, atualizadas no dia 07 de junho pelo Banco Central do Brasil (Bacen), continuam em R$ 5,05.

 

Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês)

Em abril, o Índice de Preços ao Consumidor para Todos os Consumidores Urbanos (IPC-U) teve um aumento de 0,3%, em uma base sazonal para uma base ajustada. Os índices de abrigo e gasolina, foram responsáveis por mais de 70% do ganho mensal do índice para todos os itens.

As perspectivas para a inflação nos EUA para os próximos trimestres, estão com uma média de 0,2% no 3º trimestre e 0,3% no 4º trimestre, conforme a Trading Economics.

 

Taxa de Juros – EUA

No dia 01 de maio o Federal Reserve System (Fed) optou novamente pela permanência dos juros dos Estados Unidos (EUA) no patamar de 5,25% e 5,50%. Ajustes nos juros, seja por reduções, aumentos ou congelamentos, serve como medida estratégica, também conhecido como política monetária, para frear a inflação, aumentando os juros. Quando o nível geral de preços volta ao patamar desejável pela entidade, 2% no caso dos EUA, esses juros base começam a reduzir gradativamente para estimular a economia. Como a inflação do país ainda se encontra acima dos 2%, 3,5% no momento, o Fed manteve sua taxa como prevenção.

As expectativas para tomada de decisão dos juros nos EUA estão agendadas para ocorrerem nos dias 11 e 12 de junho de 2024, e estão com possibilidade de se manterem entre 5,25% e 5,50%.

 

Taxa de Desemprego – EUA

O emprego total, não agrícola, teve um aumento de 272.000 na folha de pagamento, alterando sua taxa para 4,00%, conforme Bureau of Labor Statistics dos EUA. Os setores com maiores engajamentos esse mês foram, cuidados de saúde, governo, lazer e hospitalidade, serviços profissionais, científicos e técnicos.

As tendências trimestrais para a taxa de desocupação nos EUA, estão com 4,00% no 3º trimestre e 4,1% no 4º trimestre.

 

PIB (Produto Interno Bruto) – EUA

O PIB real do 1º trimestre de 2024 teve um crescimento, a uma taxa anual, de 1,6%, conforme a estimativa “antecipada” atualizada pelo Bureau of Economic Analysis (BEA). Os principais agentes envolvidos nesse aumento do PIB real foram, despesas de consumo, investimento fixo residencial, investimento fixo não residencial e nas despesas dos governos estaduais e locais.

As expectativas para o PIB dos EUA estão com previsão de 1,5% no segundo trimestre, 1,2% no 3º trimestre e 1,7% no quarto semestre de 2024, conforme a Trading Economics.

 

Taxa Selic (Sistema Especial de Liquidação e Custódia)

Nos dias 7 e 8 de maio ocorreram as reuniões que decidiram o corte da Selic em 0,25%, Banco Central em conjunto com o Comitê de Política Monetária (Copom), passando de 10,75% para 10,50% ao ano. Com a inflação um pouco acima da meta estabelecia pelo Bacen, 3,69% no momento, a entidade optou pelo corte deste percentual como medida preventiva para que a inflação não volte a patamares muito acima do regime de metas estipulado. A Selic já vinha sendo reduzida gradualmente em 0,50% devido ao resultado do nível geral de preços ter alcançado o limite tolerável, em ocasiões anteriores.

As projeções para a Selic em 2024, segundo o Bacen em seu último relatório de mercado, atualizado no dia 07 de junho, continuam em 10,25% ao ano.

 

Desemprego -Brasil

A taxa de desemprego (desocupação) no Brasil teve um aumento de 7,9% no 1º trimestre de 2024, representando cerca de 8,6 milhões de desempregados (desocupados) e 3,6 milhões de desalentados. O Nordeste liderou o ranking do nível de desocupação, com (11,1%), seguidos do Norte (8,2%), Sudeste (7,6%), Centro-Oeste (6,1%) e Sul (4,9%). As divisões do mercado de trabalho da população brasileira neste 1º trimestre de 2024 foram ocupados (103.000 mil pessoas), desocupados (8.623 mil pessoas), fora da força de trabalho (66.893 mil pessoas) e abaixo da idade de trabalhar (40.757 mil pessoas).

 

PIB (Produto Interno Bruto) -Brasil

O PIB do 1º trimestre de 2024 apresentou um crescimento de 2,5%, com 2,5% acumulado nos quatro trimestres representado por cerca de R$ 2,7 trilhões, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na taxa de trimestre contra trimestre imediatamente anterior (%), a agropecuária total se destacou novamente, registrando um avanço de 11,3%.

As estimativas para o PIB total (variação % sobre o ano anterior) em 2024, cresceram para 2,09% em 2024, conforme relatório de mercado atualizado no dia 07 de junho pelo Bacen. Com previsões de estabilidade nos juros nessa estimativa, em 10,25% em 2024, pode se projetar um crescimento econômico, fato que não seria muito provável se esses juros continuam se fortalecendo.

 

Commodities – Petróleo (WTI, Brent e Heating Oil)

Os contratos futuros do West Texas Intermediate (WTI) e Brent ganhavam força nesta tarde de segunda feira, dia 10 de junho. Às 15h45 o WTI crescia em 3,15%, ficando em US$ 77,91. Os futuros do Brent avançavam em 2,75%, sendo ofertados em US$ 81,81. Já os futuros do heating oil vem sendo negociados em valores acima de US$ 2,40/Galão, devido ao ganho de demanda de combustível no verão.

Estima se que até o final deste trimestre o heating oil seja negociado no valor de 2,41 USD/GAL, conforme modelos macro globais da Trading Economics e projeções de analistas.

 

Biocombustíveis – Etanol (Anidro e hidratado)

Os preços médios praticados durante a semana para o etanol anidro e hidratado do estado de São Paulo, mais precisamente sobre suas variações entre os dias 331 de maio a 07 de junho, recuaram. De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), o anidro baixou em -0,22%, passando de R$ 2,6227/Litro para R$ 2,6170/Litro. O etanol hidratado teve uma queda de -0,06%, partido de R$ 2,3076/Litro para R$ 2,3062/Litro. As quedas progressivas nos preços do biocombustível se devem ao fato das usinas estarem a todo valor em suas produções.

 

INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor)

No mês de abril, o INPC apontou uma variação de 0,37% e 3,23% em doze meses, conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Desta vez o índice geral que mais contribuiu foi o indicador de saúde e cuidados pessoais (1,08%), seguidos de alimentação e bebidas (0,57%), comunicação (0,53%), vestuário (0,51%), transportes (0,32%), educação (0,09%), despesas pessoais (0,07%), artigos de residência (-0,06%) e habitação (-0,12%).

De acordo com a Secretaria de Política Econômica (SPE) em seu último boletim macrofiscal, divulgado no dia 16 de maio, a atual estimativa para o INPC está em 3,5% em 2024, enquanto na edição passada esta previsão era de 3,25%.

 

IAVAG em 12 Meses

mai/23 -0,80%
jun/23 -1,54%
jul/23 0,39%
ago/23 2,75%
set/23 1,87%
0ut/23 -0,40%
nov/23 -1,44%
dez/23 -2,60%
jan/24 3,12%
fev/24 1,32%
mar/24 0,91%
abr/24 2,79%
Total 6,37%

 

No mês de abril, o Índice de Inflação da Aviação Agrícola (IAVAG) gerou uma variação de 2,79%, acumulando um total de 6,37% em 12 meses. Os indicadores do índice que mais acusaram altas nas suas oscilações, foram o dólar (3,7%) e o etanol (10,00%). Com base na composição de peso na formação do IAVAG, os integrantes de maiores pesos, 40% do dólar mais a inflação americana e 40% do INPC, tiveram altas em abril, sendo 3,7% para a moeda norte americana, 0,3% para a inflação dos EUA e 0,37% na inflação do Brasil, para famílias que ganham de 1 a 5 salários mínimos.

Os combustíveis, formados por 20% do petróleo e etanol, apontaram uma controvérsia em suas variações. Enquanto o heating oil recuou em -4%, quando comparado os preços finais de cada mês, abril e março, o etanol teve um avanço de 10% nos seus preços médios registrados entre o último valor de março até abril. Apesar disso, os principais impulsionadores para a inflação do setor aero agrícola em abril, foram causadas pelas mudanças de cotações do dólar, em conjunto com avanço na inflação do Brasil e EUA.

 

Fontes

BCB, INFOMONEY, BLS, BEA, IBGE, BRINVESTING, CEPEA, GOV, TRADINGECONOMICS, YAHII, UOL

 

Cláudio Junior – Economista (CORECONRS 8905), Diretor Operacional SINDAG

 

Eduardo Tenório – Bacharel em Ciências Econômicas e Assistente de Política e Economia

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