7 de janeiro de 2021

Drones de pulverização são usados para proteger aves em risco de extinção na Polinésia Francesa

Equipamentos remotos estão entre as principais armas para aplicar formicidas e raticidas biodegradáveis, eliminando insetos e roedores que atacam os filhotes nos ninhos

Na Polinésia Francesa, aplicações aéreas de formicidas e raticidas feitas por drones estão entre as estratégias para salvar da extinção duas aves nativas do arquipélago: o monarca do Taiti (Pomarea nigra) e o puffim de Rapa (Puffinus myrtae). O trabalho está a cargo da ONG Sociedade Ornitológica da Polinésia (SOP) Manu e, no caso do monarca, a entidade festejou em dezembro o fato da população local do passar ter superado a marca dos 100 indivíduos – em 1998, eram apenas 12 pássaros.

A principal batalha agora, no caso do monarca, é contra a formiga-de-fogo. O inseto que ataca os ninhos nas árvores e acaba com os filhotes. Para isso, equipes de engenheiros, ornitólogos e pilotos remotos trabalham desde o final de 2020 para lançar flocos de milho tratados com formicida biodegradável, em uma de 40 hectares de floresta em Temaruata, na costa oeste do Taiti. 

Confira a matéria em vídeo da Tahiti Nui TV sobre esse projeto:

RATOS

Já no caso do puffim de Rapa, o trabalho abrange principalmente o monitoramento dessa ave marinha migratória. Onde os pesquisadores constataram, a partir de sistemas GPS colocados em algumas aves, que elas chegam a voar até a Nova Zelândia e o Chile. Porém, por mais longe que vá, é na Polinésia Francesa que a espécie se reproduz. E aí o problema são ratos que atacam os ninhos, especialmente nas ilhas Tauturau, Karapoo Rahi e Rapa Iti, seus principais berçários.

O trabalho de proteção deve ocorrer a partir de março e vai até novembro. Nesse período, os drones devem entrar em ação novamente, dessa vez, contra os roedores.   

 

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