Protocolo de Intenções prevê cursos para agrônomos, técnicos e pilotos, elaborados e ministrados pelos mestres e doutores da estatal de pesquisas para aprimorar a eficiência e a segurança nas operações em campo

O Instituto Brasileiro da Aviação Agrícola (Ibravag) e a Embrapa Clima Temperado, de Pelotas/RS, oficializaram nesta quinta-feira (17) o Protocolo de Intenções para o aperfeiçoamento e agrônomos, técnicos agrícola e pilotos que atuam nas operações aeroagrícolas. A assinatura da parceria ocorreu dentro da 32ª Abertura Oficial da Colheita do Arroz e Grãos em Terras Baixas. A programação, por sua vez, ocorre até essa sexta-feira (18) em Capão do Leão, na Estação Terras Baixas da Embrapa no Município (vizinho a Pelotas).  

A solenidade foi dentro do estande da Embrapa do evento e teve a participação da diretora-executiva de Inovação e Tecnologia da estatal de pesquisas, Adriana Martin, e do chefe da Embrapa Clima Temperado, Roberto Pedroso de Oliveira. Já o presidente do Ibravag, Júlio Augusto Kämpf, foi representado pelo conselheiro da entidade Alan Sejer Poulsen. A ideia com o acordo é aproveitar o conhecimento dos mestres e doutores da estatal de aprimorar a eficiência e segurança em campo – primeiro no Rio Grande do Sul, mas com objetivo de expandir o projeto para todo o País.

Com a assinatura do protocolo, Ibravag e Embrapa devem agora discutir detalhes sobre o currículo, dinâmica e prazos para os cursos. A ideia é que as primeiras turmas de alunos comecem a ter aulas as partir de maio.

IBRAVAG: conselheiro Alan Poulsen representou presidente Júlio Kämpf na assinatura da parceria com a Embrapa

DESTAQUES

Sobre isso, aliás, o representante do Ibravag salientou o entusiasmo da entidade com a iniciativa. “A aviação agrícola nasceu em Pelotas e a parceria está sendo construída com a unidade da Embrapa em Pelotas, o que reforça o papel do Município como um polo de tecnologias”, assinalou Alan Poulsen.

Ele destacou ainda que a aviação agrícola brasileira registrou a entrada de mais 80 aeronaves para o setor em 2021 (crescimento de 3,40% na frota), o que reforça a necessidade de aperfeiçoamento do pessoal técnico envolvido com as operações em campo. “Nossos agrônomos, técnicos e pilotos precisam estar familiarizados com as novas tecnologias em produtos e formas de aplicação. E quem melhor do que a Embrapa conta com a expertise para aprimorar esse pessoal?”, resumiu.

…em evento no estande da Embrapa dentro da 32ª Abertura Oficial da Colheita do Arroz, em Capão do Leão/RS

Já Adriana Martin parabenizou os pesquisadores da Embrapa Clima Temperado e destacou a importância do conhecimento gerado pela equipe ser colocado à disposição do setor produtivo. “Essas parcerias são muito importantes para esse trabalho”, enfatizou a diretora da estatal.

O chefe local da Embrapa, por sua vez, reforçou a satisfação desta “primeira parceria, que esperamos de muitas, para qualificar o setor aeroagrícola.” Roberto de Oliveira lembrou a importância da aviação agrícola e o quanto é importante para a Embrapa “otimizar a expertise para ajudar os parceiros.”

A Embrapa Clima Temperado, aliás, foi uma das seis unidades da estatal que participaram do projeto Redagro entre 2013 e 2017. No caso, uma parceria entre Embrapa e Sindag que resultou na maior pesquisa feita no País sobre tecnologias de aplicação (terrestre ou aérea), abrangendo também 10 universidades parceiras e uma empresa de tecnologia.