23 de julho de 2022
Congresso AvAg: Alan McCracken e Marcos Vilela recebem Medalha em noite de homenagens
Distinção foi entregue durante o Jantar da Aviação Agrícola em programação que celebrou também os 31 anos do Sindag, 75 da aviação agrícola brasileira e teve ainda entrega de certificados de programa de boas práticas
A entrega da Medalha Mérito Aviação Agrícola Brasileira foi o ponto alto do jantar no primeiro dia do Congresso da Aviação agrícola do Brasil (Congresso AvAg) 2022. Seguindo o cerimonial que ocorre desde 2017 – e depois de três anos de jejum pela pandemia da Covid-19, a cerimônia encheu de emoção a Arena Clóvis Candiota, no pavilhão do Centro de Eventos Zanini nesta terça-feira (19 de julho). A noite teve também homenagens ao presidente do Sindag, Thiago Magalhães Silva, e aos ex-presidente da entidade Júlio Augusto Kämpf e Nelson Antônio Paim –neste caso, pelos 31 anos de fundação da entidade aeroagrícola. Além da entrega de certificados para as empresas participantes do programa Boas Práticas Aeroagrícolas (BPA), em parceria entre o Ibravag e o Sebrae Nacional.
A festa, que celebrou ainda os 75 anos da aviação agrícola brasileira, teve a medalha Mérito da Aviação Agrícola entregue a dois personagens intimamente ligados à história do setor no País. Ambos com uma trajetória também décadas de intercâmbio de conhecimento de outros países para o Brasil e vice-versa. Um deles, indo buscar. O outro, estrangeiro, trazendo consigo em suas (frequentes) visitas ao longo dos anos. Ou seja, os agrônomos Alan McCracken e Marcos Vilela, que receberam, respectivamente, as Medalhas Mérito da Aviação Agrícola números 8 e 9.
GIRANDO MUNDO SEMPRE
Apaixonado pela aviação agrícola, McCracken aos 77 anos completados em junho é considerado um dos maiores especialistas do mundo em aplicação de agroquímicos, tanto para a proteção das lavouras quanto para o combate de mosquitos. Formado em engenharia mecânica e agronomia, desde pequeno na fazenda queria conhecer o mundo e unindo suas paixões já visitou mais 130 países, orientando produtores rurais a controlar pragas e tornar suas lavouras mais produtivas.
McCracken, que nasceu em Coleraine, na Irlanda, e atualmente reside em Daytona Beach, no Estado norte-americano da Flórida, impossibilitado de estar presente, agradeceu a distinção por meio de um vídeo. “Agradeço muito essa homenagem do Sindag. É um prazer duplo receber essa distinção junto com o dr. Marcos Vilela, que também é um entusiasta de aplicações de baixo volume”, salientou McCracken. Enfatizou ainda que “o futuro é agora”, fazendo menção às novas tecnologias que chegam para complementar as aplicações com aeronaves, como os drones.
Hoje, como consultor independente em tecnologia de aplicação, McCracken apaixonou-se por aviões depois de vários projetos realizado na Europa. No Brasil, chegou em 1973 para introduzir técnicas de aplicações aéreas e terrestres na dessecação de soja. Foi sempre um defensor da aviação agrícola no trato das lavouras, tanto que três anos depois de sua chegada ao Brasil durante o 1º Simpósio Nacional de Operadores Aeroagrícolas, promovido pela Embraer, em Guarujá/SP, alertou para possibilidade uso de aviões em maior escala nesse tipo de operação.
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PRIMEIRO COORDENADOR AEROAGRÍCOLA
O outro homenageado é de Alagoas. Marcos Vilela de Magalhães Monteiro aos 84 anos é dono de uma produção invejável na área da aviação agrícola. Piloto formado pela primeira edição do antigo Curso de Aviação Agrícola (Cavag), em 1967, fez Agronomia e depois doutorado com ênfase em Tecnologia de Aplicação, pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da Universidade de São Paulo (USP), Vilela desenvolveu tecnologias importantes para a defesa fitossanitária, como o ultrabaixo volume, atomizador rotativo, sistemas eletrostáticos, sensores de inversão térmica, entre outras.
Ao receber a Medalha Mérito da Aviação Agrícola entregue pelo presidente do Sindag, Thiago Magalhães Silva, Vilela não escondeu a satisfação em ter seu trabalho reconhecido pela entidade setorial. “Só tenho a agradecer essa honraria que muito me enobrece”, assinalou o instrutor credenciado pelo Ministério da Agricultura, que já formou mais de 4 mil técnicos agrícolas e agrônomos, respectivamente, em cursos de executores (CEAA) e de coordenadores (CCAA).
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