29 de maio de 2021

Ações em prol das abelhas foram destaque no Sindag Web

Live de quarta-feira (26) foi sobre o case de sucesso do movimento Colmeia Viva com a Pachu Aviação Agrícola e o Grupo Tereos, no interior paulista

A relação entre agricultura, apicultura e aviação agrícola em prol das abelhas foi tema da live Sindag Web de quarta-feira (26). O foco foi o case de sucesso do movimento Colmeia Viva envolvendo o Grupo Tereos e a Pachu Aviação Agrícola, no interior paulista. A apresentação ficou a cargo da analista em uso correto e seguro do Colmeia Viva, Rhaissa Michievichy; do empresário Vanderson Augusto Cristofolo (Pachu) e do agrônomo Paulo Gutierrez – especialista em desenvolvimento técnico e experimentação agrícola da Tereos Açúcar e Energia Brasil (unidade do grupo francês no Estado). A mediação foi da coordenadora de eventos do Sindag, Marília Guenter.

Confira o vídeo no final desta matéria

Os participantes conversaram sobre o trabalho que envolveu desde levantamento do entorno das lavouras de cana-de-açúcar, localizando e qualificando os produtores de mel, promovendo a aproximação e a troca de informações entre as empresas e os apicultores. Isso também com a utilização e aperfeiçoamento do APP Colmeia Viva, para a identificação e mapeamento das colmeias.

Rhaissa abriu a fala explicando rapidamente o histórico e funcionamento do Colmeia Viva, que surgiu justamente da necessidade de aproximação entre agricultores e aplicadores dos criadores de abelhas. De um lado para prevenir a perda de polinizadores em aplicações de defensivos e, de outro, para ajudar os apicultores em sua formalização e com diagnósticos e informações para melhoria de manejo e produtividade das colmeias. Em última instância, estabelecendo uma relação clara e de confiança entre todos os atores em campo.

ABORDAGEM

No caso do grupo Tereos, Gutierrez lembrou que a iniciativa da empresa em procurar o Colmeia Viva veio a partir de um caso de morte de abelhas ocorrida junto a área de cana da empresa. A ideia, segundo ele, foi buscar ajuda do projeto a partir de suas experiências sobre a melhor maneira de abordar a questão e construir uma relação de confiança entre as partes. Também auxiliando os apicultores, já que parte deles são inclusive funcionários da empresa. “Havia uma falta de conhecimento sobre onde esses apicultores estavam e o seu nível de produção. Ao mesmo tempo em que, por parte deles, não sabiam como eram as rotinas e o fluxo de tomada de decisão sobre o controle de pragas nas lavouras”, recordou Gutierrez.

A partir da parceria com o Colmeia Viva, a Tereos conseguiu ter uma visão clara de como é a atividade apícola no entorno das áreas da empresa e de que maneira a empresa poderia colaborar. Paralelo a isso, também se conseguiu o a qualificação dos produtores de mel, mostrando a eles como é o manejo das lavouras e desmistificando a tecnologia aeroagrícola.

“Temos a base de dados de todos os pontos de colmeias próximos às áreas da Tereos. Quando recebemos uma ordem de erviço, fazemos a análise desses pontos e, ao mesmo tempo, o produtor também já fica sabendo onde vai haver aplicação e o que vai ser aplicado”, explicou Cristofolo. Até porque nem sempre o avião aplica defensivos. “O produtor não precisa se preocupar se for, por exemplo (semeadura de) crotalária. Além disso, ele agora sabe que muitas vezes o avião está apenas sobrevoando um local, sem aplicar”, assinalou o empresário aeroagrícola.

Cristofolo destacou também a legislação e os avanços da tecnologia embarcada, especialmente quando ao DGPS, que registro todo o voo do avião, mostrando inclusive onde ele passa aplicando ou com o sistema fechado. “Além de toda a tecnologia e legislação, essa comunicação e esse envolvimento de todos têm se mostrado importantes para diminuir qualquer chance de impacto sobre as abelhas”, completou, festejando os resultados da parceria.

 

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