24 de abril de 2021

Governo do MS anuncia contratação de empresa aeroagrícola para combater incêndios

Contrato entre o Imasul e a Serrana vale até março de 2022 e prevê o fornecimento de aeronaves, equipamentos e pessoal para ações contra as chamas no Pantanal e outras reservas naturais

O Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) oficializou na última semana a contratação da empresa Serrana Aviação Agrícola para operações de combate a incêndios florestais. O extrato do contrato foi publicado na terça-feira (20) no Diário Oficial do Estado e vale até 31 de março de 2022. Pelo acordo, o trabalho é por demanda e pago conforme as horas voadas contra as chamas.

Além, das aeronaves com piloto, a Serrana deve fornecer também pessoal e equipamentos de apoio em solo. A missão abrange a proteção ao Pantanal e outras reservas naturais do Estado. A contratação integra um plano de R$ 56,6 milhões do Estado para prevenção e o combate a incêndios florestais em Mato Grosso do Sul, anunciado em janeiro.

SERRANA: aviões e pilotos da empresa também já atuaram em incêndios na Amazônia

Segundo o diretor-presidente do Imasul, André Borges, a contratação é uma prevenção para o caso de repetir em 2021 o cenário de incêndios dos últimos dois anos no Estado. “No ano passado, com o apoio do setor sucroalcooleiro e das prefeituras do interior, utilizamos esse tipo de aeronave no combate ao incêndio no Parque das Nascentes do Rio Taquari e foi muito importante”, comentou.

Pilotos e aeronaves da Serrana Aviação Agrícola têm atuado nos últimos anos em combate a incêndios no Pantanal e na Amazônia Legal, além do Paraguai – onde a empresa foi contratada pelo governo local em 2019 para atuar em incêndios na região do Chaco.

CENÁRIOS
Só em 2020, a aviação agrícola brasileira realizou mais de 6,8 mil lançamentos de água contra focos de incêndios no Pantanal, Cerrado nordestino e outras áreas, além e lavouras no Centro-Oeste. Conforme levantamento do Sindag, foram mais de 10,8 milhões de litros lançado contra o fogo.

O assunto também foi tema de um seminário promovido neste mês pelo Sindag, com dois dias de discussões focadas na elaboração de uma estratégia nacional para otimizar o uso da ferramenta aérea contra as chamas no Brasil. No primeiro dia do encontro, a discussão abordou o viés político e as ações públicas nesse sentido. Já o segundo dia foi de debates técnicos, abordando os investimentos das indústrias de aeronaves e tecnologias embarcadas contra as chamas.

Além do anúncio do curso de introdução ao uso de aeronaves agrícolas no combate a incêndios, promovido pelo Sindag, pelo Instituto Brasileiro da Aviação Agrícola (Ibravag) e pela RTC Gestão de Riscos. O curso é on-line e começa no dia 3 de maio, somando 16 horas/aula. A iniciativa faz parte das ações das entidades aeroagrícolas para fomentar e aprimorar a atividade no Brasil.

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