17 de abril de 2024

MS se prepara para  seca histórica no Pantanal

Rios da região não encheram a Planície Pantaneira e perspectiva de La Niña piora perspectivas em região que já tem histórico de forte atuação de aviões agrícolas contra chamas

O Mato Grosso do Sul se prepara para ter em 2024 a pior seca da história no Pantanal. Isso devido a uma conjunção e fatores que abrangem uma estiagem forte nos rios da região – que já deveriam estar já enchendo a Bacia do Pantanal. Isso associado à expectativa do fenômeno La Niña – que provoca chuvas abaixo da média no Centro-Oeste do País. Por conta disso, o  governador Eduardo Riedel assinou na última semana decreto colocando o Estado em emergência ambiental por 180 dias.

Segundo a ONG Ecoa – Ecologia e Ação, a seca nos rios que formam o Pantanal atinge toda planície. A situação mais grave foi verificada na régua da Marinha fixada na cidade de Ladário, que na segunda-feira (15) chegou a 1,12 metro (72 cm abaixo da seca de 2020, até a pior seca dos últimos 50 anos). 

E, não por acaso, naquele ano a aviação agrícola brasileira realizou mais de 6,8 mil lançamentos de água contra focos de incêndios no Pantanal, Cerrado nordestino e outras áreas, além e lavouras no Centro-Oeste. Conforme levantamento do Sindag, foram mais de 10,8 milhões de litros lançado contra o fogo. Já em 2021 o Pantanal voltaria e se destacar nas manchetes do mundo todo pelo desastre do fogo, também contando com a aviação agrícola contra as chamas.

Ano em que o Estado fez nova contratação de empresa aeroagrícola para auxiliar nas operações – isso apesar de ter dois aviões próprios para isso. Ano também, aliás, em que a aviação agrícola brasileira lançou 19,5 mil litros de água contra focos de incêndio em todo o Paísem 10,9 mil manobras de ataque a chamas, em apoio a brigadistas em solo e combates diretos em áreas isoladas.

PROTEÇÃO: em 2021, aviões agrícolas fizeram mais de 10 mil lançamentos de água contra chamas no Pantanal e em outras reservas em todo o País

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