16 de janeiro de 2021
Piloto agrícola francês fala sobre combate a gafanhotos na África
Christophe Druart é originário da região das Ardenas, no noroeste francês, e teve seu relato publicado na edição de sexta-feira do jornal L’Union, com resumo em vídeo
O relato do piloto agrícola Christophe Druart sobre o trabalho na missão da ONU para o combate a gafanhotos na Etiópia foi destaque nessa sexta-feira (15), no jornal francês L’Union. Originário da região das Ardenas, no noroeste da França (divisa com Bélgica e Luxemburgo), Druart integrou até o início deste mês a equipe da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) que atua desde o início do ano passado no leste da África.
Embora a matéria seja acessível só para assinantes, seu resumo pode ser conferido no VÍDEO ABAIXO
Há cerca de um ano, os gafanhotos voltam a invadir a região do chifre africano (que abrange Etiópia, Somália e Quênia), só que, desta vez, na pior praga em mais de 25 anos na região, com um enorme risco de fome. Em resposta, a ONU enviou pilotos para combater as nuvens de inseto ainda no solo. Entre
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Christophe Druart atuou na África dentro da missão da FAO contra os insetos – Foto: Arquivo pessoal
eles, estava Druart, que fez imagens mostrando as machas de destruição provocadas pelos insetos, que destroem áreas enormes de plantações em apenas algumas horas.
O vídeo mostra também fotos das nuvens avistadas e combatidas já em voo e se chocando contra o para-brisa do avião (prejudicando a própria visibilidade dos pilotos). Segundo conta o francês, o combate é feito com inseticidas aplicados na taxa de 1 litro por hectare.
Mesmo assim, a voracidade dos insetos por folhas verdes segue transformando a paisagem, com a vegetação praticamente devastada em diversos locais. Segundo Druart, para as populações assustadas, os aviões são a única ajuda capaz de enfrentar o problema.
REINFESTAÇÃO
Segundo a ONU, as ações no leste da África em 2020 evitaram a perda de 2,7 milhões de cereais neste início de ano. Quantidade suficiente para alimentar 18 milhões de pessoas por um ano no continente.
Porém, novas nuvens começaram a ser formar no final do ano passado, após a passagem do ciclone Gati pela Etiópia e Somália, em novembro. A invasão agora está ocorrendo pelo nordeste do Quênia e pode se espalhar novamente pela região.