Artigo do jornalista Valdecir Cremon reforça críticas à proposta do deputado Pedro Kemp e do restante da bancada petista contra a aviação agrícola no Estado

Citando o “argumento esdrúxulo do nobre deputado Pedro Kemp”, de que “pesquisadores já mostraram alternativas, (…), para “não utilizar a pulverização de agrotóxicos nas áreas de plantação”.(…) “O petista comprova total desconhecimento do assunto que se propõe legislar, afirmando que há registro no Brasil de mais de 15 mil notificações de intoxicação por agrotóxicos, com 439 mortes.” Esse foi o tom da crítica do jornalista Valdecir Cremon ao projeto do deputado estadual Pedro Kemp tentando proibir a aviação agrícola no Mato Grosso do Sul. Isso na coluna publicada no sábado (6), no portal Rural News. Segundo Cremon, ele tentou falar com o parlamentar sobre o projeto, mas o deputado se recusou a comentar.

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A proposta, que acabou virando um projeto da bancada petista (tendo sido subscrito também pelos deputados Zeca do PT e Gleice Jane), na verdade é um copia-e-cola do projeto que acabou viando lei em 2019 no Ceará (aprovado em uma votação a roldão de dezenas de propostas apreciadas na última sessão de 2018, com os deputados já com um pé no recesso de final de ano). Da mesma forma, com sua justificativa mencionando dados genéricos de contaminação (na verdade, atribuídos a todas as formas de aplicação. E, ainda assim, com números e fontes inconsistentes.

A polêmica em torno da proposta petista contra o setor vem aumentando justamente por conta de seu potencial (e enorme) prejuízo para a agricultura do Mato Grosso. Estado que tem entre suas principais culturas a soja, milho, algodão, cana-de-açúcar e arroz – segundo o IBGE. Justamente lavouras altamente dependentes das ferramentas aéreas para alcançar alta produtividade com uso racional de defensivos. Lembrando que, no caso da soja e milho, são ainda produtos importantes para a produção de ração animal para criações de galinhas, bovinos e suínos (neste caso, os três principais itens da pecuária sul-mato-grossense).

ESSENCIAL: a aviação no trato de lavouras no MS é indispensável para aliar produtividade e sustentabilidade no trato das principais culturas do Estado, em setor reponde por mais de 30% de sua riqueza total – Foto: Castor Becker Júnior/C5 NewsPress