23 de março de 2022

DRONES: aviação agrícola para a agricultura familiar

Em reunião com o Ministério da Agricultura, Sindag alinhavou encontro com área técnica do órgão, reforçando o potencial da ferramenta para ajudar pequenos agricultores a produzirem melhor e com mais segurança

O uso de drones em lavouras de agricultura familiar foi a tônica, nesta terça-feira (22), da pauta entre o diretor operacional do Sindag, Cláudio Júnior Oliveira, e o secretário de Agricultura Familiar e Cooperativismo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Márcio Candido Alves. O encontro ocorreu via web e o dirigente aeroagrícola expôs ao representante do Mapa o potencial de aumento de produtividade e ganho em segurança (ambiental e operacional) com o uso da ferramenta remota também nas lavouras de pequenos agricultores.

Oliveira destacou a alta regulamentação da aviação agrícola e apresentou o trabalho feito historicamente pelo Sindag na melhoria contínua e transparência do setor aeroagrícola do País. Ele lembrou ainda esforço feito pelo sindicato aeroagrícola, juntamente com o Ibravag e o próprio Mapa (que, aliás coordenou o debate) para regulamentar, no ano passado, os drones dentro dos requisitos de aplicações aéreas. E destacou ainda o papel da ferramenta como complementar da aviação tripulada e substituta, principalmente, dos equipamentos costais (com as quais o agricultor carrega o defensivo nas costas e faz a aplicação a pé) nas lavouras.

No encontro, ficou definido o tema será levado à área técnica do Ministério. Dessa vez para as entidades aeroagrícolas esclarecer dúvidas sobre a tecnologia. A intenção é, a partir daí, promover dias de campo e realizar apresentações de drones em eventos para agricultores familiares.

Lembrando que a aviação agrícola é, historicamente, a única ferramenta para o trato de lavouras com regulamentação específica (e ampla) no País. E, desde outubro do ano passado, os equipamentos aéreos remotos também foram incluídos nessa legislação – com a portaria 298/21, do Mapa). Com isso, assim como as aeronaves convencionais, os drones também passaram a ter exigência de um profissional com capacitação específica atuando no controle da operação, além de definições quanto a distâncias de segurança de pontos sensíveis e a obrigação de registro junto ao Ministério da Agricultura e envio ao órgão dos relatórios de cada operação em campo.  

 

PRODUTIVIDADE: assim como os aviões nas lavouras maiores, os equipamentos remotos podem significar mais segurança e melhor cobertura nas aplicações de sólidos como semeadura (foto) ou na aplicação de defensivos para agricultores familiares – Foto: SkyDrones

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