A disrupção política
O momento político que estamos vivenciando no país passará para a história como único. Várias foram as quebras de paradigmas: vimos um candidato ficha limpa alavancar sua candidatura sem usar fundo partidário, sem tempo de propaganda eleitoral, bombardeado por notícias fake e toda a mídia oficial jogando contra. Cada ataque desleal e, mesmo uma tentativa de assassinato, contribuíram para tornar candidatos de uma sigla inexpressiva, em fenômenos de votação.
Vimos a maioria esmagadora da população fazendo propaganda eleitoral de graça nas ruas, carreatas gigantescas e a agenda seeting da imprensa perdendo feio para as mídias sociais.
A população deu um basta à corrupção e à ineficiência e vimos uma renovação (ou seria limpa?) no legislativo e no executivo, como nunca tinha sido feito antes.
Nunca adotei siglas partidárias como orientação para confiar meu voto, por acreditar que as pessoas são mais confiáveis que partidos e ideologias. Afinal de contas, quem detém os valores, a ética, a moral e o livre arbítrio, são os indivíduos e são eles que compõem os partidos.
A população brasileira já mostrou que está amadurecendo politicamente e, numa breve e superficial análise, acredito que os partidos precisarão urgentemente se reinventar. Essa miscelânea de partidos sugadores dos recursos públicos precisa acabar, bem como o fundo partidário. Precisamos do voto distrital e que os recursos arrecadados, sejam na sua grande maioria investidos na fonte de origem – os municípios, pois a partir deles, se alavanca o desenvolvimento das regiões e dos Estados e, por conseguinte, do país inteiro.