Breve histórico do Sindag e a primeira presidência

Quando entrei no segmento da aviação agrícola, a classe já estava mais ou menos organizada. Existia a FENAG – Federação Nacional da Aviação Agricola, que representava-a perante na Comissão da Aviação Agricola do Ministério da Agricultura. O colega Araujo era quem entendia da legislação perante o Ministério da Aeronáutica – os famosos RH…….

Fui eleito presidente desta Federação, mas era mesmo uma entidade só de cúpula, pois não existiam as associações regionais para constituir uma Federação, e esta não tinha nenhum poder de negociar com os outros sindicatos, pois não estávamos inseridos no Ministério do Trabalho.

Daí surgiu a ideia de fundar o SINDICATO NACIONAL DE AVIAÇÃO AGRÍCOLA – nosso SINDAG, entidade patronal, para ser possível sentar à mesa de negociações e organizar todo o sistema trabalhista.

Nosso sindicato antagônico (dos pilotos) era e é o mesmo até hoje, onde tínhamos um diálogo aberto e assinamos várias convenções trabalhistas, mas o sindicato dos nossos colaboradores de solo era o sindicato dos Aeroviários, regidos pelos salários dos funcionários de solo do aeroporto de Congonhas com piso muito alto para nosso padrão.

Tivemos a oportunidade de ajudar e reconhecer o SINAERO, que agora firma convenções trabalhistas e o assunto está organizado.

Contratamos um EXECUTIVO, Cel. MARIALDO (reformado) um dos incentivadores do Ipanema, para dar o impulso inicial do SINDAG, fazer contatos com as empresas, operadores, levar a boa nova, abrir delegacias, fazer exposições, realizar congressos, seminários etc. e funcionou por uns 3 anos…. Paramos porque as contribuições foram minguando, não obstante a legislação da época.

Nosso estatuto previa mandato de 3 anos e fiquei 6 anos na atividade. No dia da fundação, fizemos no hangar do Aeroclube de São José do Rio Preto, onde eu era Diretor, a primeira MOSTRA de produtos e bens sobre aviação agrícola e hoje, em boas mãos, os eventos só tem melhorado e levado a tecnologia aos operadores. Tivemos a presença do Ministro da Agricultura Antonio Cabrera que mais tarde criou a Câmara Setorial da Aviação Agrícola em substituição da Comissão, nomeando o SINDAG para presidir. Presente também o Diretor da Neiva (Embraer).

Lembro do episódio do GPS. Conseguimos um avião não agrícola EMPRESTADO para fazer a primeira demonstração num evento em CAMPINAS. Um MAULLE. Ocorreu que o GPS americano, que voltaria para os Estados Unidos, pois viera para demonstração (SAT LOCK) ficou embargado na ALFANDEGA de Viracopos. Eu e Cel Marialdo deixamos um depósito financeiro para garantir os tributos caso não fosse devolvido à origem. Daquela data em diante mudou muito o sistema de aplicação.

O Sindicato se instalava onde o presidente tinha sua sede. Depois quando tive a honra de passar o comando para o companheiro TELMO, foi organizado o escritório de Porto Alegre onde agora tem sede fixa.

Mais tarde vendi os aviões para meu sobrinho e sai da atividade.

Euclides De Carli