O QUE ESPERAR PARA O AGRONEGÓCIO EM 2018?

Em que pese a pujança do Agro brasileiro e seu importante peso na balança comercial do país, os players fundamentais desse cenário estão enfrentando uma das piores crises pelas quais já passaram.

A falta de renda tira o sono de quem precisa sobreviver do que produz no campo. Me atrevo a dizer que, na atual conjuntura econômica do país, as margens de lucro (quando existem) entre os produtores das diferentes cadeias produtivas estão muito semelhantes: exíguas, quando não negativas!

Infelizmente, nossos governantes e representantes políticos têm se ocupado mais em garantir os votos das próximas eleições do que se debruçarem sobre uma Política Agrícola que permita ao homem rural ter renda com a sua atividade.

Muitos nos perguntam: mas se está tão ruim, porque vocês permanecem na atividade?

Eu, como filha de produtor e atualmente parceira de meu pai no negócio da família, já me fiz essa pergunta algumas vezes. Não irei citar o amor pelo campo e pela atividade arrozeira que move a todos nós e o grande capital imobilizado que muitos trabalharam uma vida inteira para adquirir, mas a outras questões mais complexas e extremamente impactantes social e economicamente, que os governantes e a população deveriam considerar, caso nos retiremos do campo:

– Quem ganha com a saída de pequenos e médios produtores da atividade? Quem dominará a produção de alimentos no pais? Quem se beneficia dessa concentração de terras e de produção nas mãos de poucos? Qual o impacto disso nos preços ao consumidor?

– Quem se responsabilizará pelo êxodo rural, pela gigantesca falta de empregos e renda no campo e nas cidades que dependem direta ou indiretamente da atividade agropecuária?

São apenas algumas das perguntas que todos devem se fazer quando têm dúvidas sobre a importância da atividade agropecuária nesse país.