26 de setembro de 2023

Câmara de São Carlos/SP derruba projeto contra a aviação agrícola  

Sessão no Legislativo Municipal teve 15 votos a 5 mantendo o veto do Executivo contra a proposta do PSOL que buscava vetar pulverização aérea em lavouras locais.

Por 15 votos a 5, a Câmara de Vereadores de São Carlos, no interior paulista, manteve o veto do prefeito Airton Garcia Ferreira (União Brasil) contra o Projeto de Lei 513/23, que pretendia proibir a aviação agrícola no Município. O resultado saiu às 17h20 desta terça-feira (26) e foi a penúltima proposta votada sessão, que já durava quase três horas com plenário de 70 lugares totalmente lotado e outras 230 pessoas (todas profissionais do setor aeroagrícola) acompanhando do lado de fora da sede do legislativo local. “Foi uma vitória da união. Tivemos praticamente 90% das empresas paulistas associadas ao Sindag representadas na Câmara de São Carlos”, comemorou o diretor operacional do sindicato aeroagrícola, Cláudio Júnior Oliveira – que acompanhou o grupo.

Confira no final do texto o vídeo da sessão

O projeto, do vereador Djalma Nery (PSOL), havia sido aprovado por 13 votos a um na sessão do dia 29 de agosto, depois de uma tramitação rápida na casa. Isso apesar do pedido do vereador Azuaite Martins de França (Cidadania) ter pedido a retirada do projeto de pauta, para que ele fosse mais bem discutido. França, que chegou a subscrever a proposta, retirou sua assinatura na última hora, sendo também o único voto contrário na ocasião por ter percebido as implicações da proposta.

PÚBLICO: ao todo, cerca de 70 representantes dos setor acompanharam a sessão do lado de dentro…

… e outros 230 estavam do lado de fora da Câmara

MUDANÇA

Aliás, a percepção de que o tema tinha vários pontos a serem esclarecidos – especialmente quanto aos estereótipos em torno do setor, também ficou claro na fala de quase todos os legisladores que usaram a palavra na sessão desta terça. A exemplo do vereador Moisés Lazarine (União Brasil), que lembrou que a maioria dos parlamentares estavam inseguros na sessão de agosto, justamente por desconhecerem o tema. Ele foi um dos que, além de justificar a mudança de posição, orientou os colegas a apoiarem a manutenção do veto.

Também se manifestaram contra a proibição os vereadores Dé Alvim (Solidariedade), Gustavo Pozzi (PL), Azuaite Martins, Sérgio Rocha (PTB). O próprio presidente da casa, Marquinho Amaral (Podemos), também falou após a votação (como dirigente da sessão, votaria apenas em caso de empate), manifestando-se favorável à manutenção do veto do Executivo à proposta de proibição. Apenas o autor do projeto de proibição e a vereadora Raquel Auxiliadora (PT) defenderam em plenário a manutenção da proposta.

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