3 de maio de 2023

Embraer anuncia a venda de 33 aviões Ipanema no 1º trimestre

Volume supera em 38% os negócios no primeiro período do ano passado, o que gera expectativa de novo recorde para 2023

A Embraer anunciou na última sexta-feira (28) a venda de 33 aviões agrícolas Ipanema 203 no primeiro trimestre deste ano. Volume que superou em 38% as vendas do modelo realizadas no mesmo período do ano passado. Com isso, a fabricante já projeta fechar 2023 com o Ipanema igualando ou batendo o recorde do ano passado, quando 66 aviões foram vendidos. Segundo a fabricante, o desempenho positivo deste começo de ano se soma à carteira de pedidos acumulada nos últimos 12 meses. Por isso, novas encomendas a partir de agora devem entrar no planejamento de produção e entregas para 2024.

Entre os novos pedidos e os que já estavam na fila, a expectativa é produzir e entregar 65 unidades neste ano, ante as 55 e as 42 aeronaves agrícolas entregues, respectivamente, em 2022 e 2021. Além disso, devido à sazonalidade do setor, a maior parte das entregas ocorre no segundo semestre. “São três anos consecutivos de crescimento no volume de aeronaves entregues, o que exalta a altíssima confiança que os nossos clientes e operadores têm no Ipanema 203”, destaca o gerente do Programa Ipanema, Sany Jaques Onofre (no comunicado da fábrica).

O Ipanema está em sua sétima geração e no ano passado atingiu a marca de 1,5 mil unidades fabricadas desde seu primeiro voo, em 1970. A empresa atualmente ocupa mais de 55% do mercado nacional, segundo o último levantamento do Sindag sobre a frota aeroagrícola brasileira, divulgado no início de 2022. Introduzido no mercado em 2015, o modelo Ipanema EMB-203 sai da fábrica movido a etanol. A exemplo de seu antecessor, o EMB 202 A – lançado em 2004 e que foi o primeiro avião no mundo homologado de fábrica para uso do biocombustível. Em 2020, comemoração aos 50 anos de seu primeiro voo, o Ipanema ganhou uma nova pintura, com as cores da bandeira brasileira.

CAMPEÃO: A aeronave agrícola mais vendida no Brasil desde seu lançamento, o Ipanema segue com fôlego no mercado – foto: Embraer/divulgação

FROTA

Pelo menos há uma década o Brasil tem as segunda maior e uma das melhores frotas aeroagrícolas do planeta, atrás apenas dos Estados Unidos e à frente de potências como Argentina, México, Canadá, Austrália, Nova Zelândia e Uruguai. O País representa também o mais importante mercado fora dos Estados Unidos para as fabricantes norte-americanas de aeronaves agrícolas turboélices (Air Tractor e Thrush Aircraft).

Em 2021, o País fechou o ano com um total de 2.432 aeronaves atuando em lavouras – segundo levantamento do ex-diretor e consultor do Sindag Eduardo Cordeiro de Araújo junto ao Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB) da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Um crescimento que havia sido de 3,4% em relação ao ano anterior.

Já quanto aos números de 2022 (que ainda estão sendo finalizados) a expectativa é de um crescimento em torno dos 4%. Isso tendo em vista que, além das mais de 60 do modelo EMB-203 comercializadas, as fábricas estrangeiras haviam ventilado a venda ao País de algo em torno de 70 aviões – embora neste caso com entregas programadas até 2024. De qualquer forma, é tido como quase certo que a frota aeroagrícolas nacional esteja hoje acima das 2,5 mil aeronaves.

 

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