14 de novembro de 2024

RO: Sindag quer fortalecer parceria contra incêndios

Presidente Hoana Almeida enviou carta ao governador Marcos Rocha agradecendo a aposta no setor com as chamas no Estado e pedindo reunião para tratar do tema

A presidente do Sindag, Hoana Almeida Santos, enviou nesta terça-feira (14) uma carta ao governador de Rondônia, Marcos Rocha (União Brasil), agradecendo a parceria entre o Estado e o setor aeroagrícola em quase dois meses de operações de combate a incêndios florestais na Amazônia. Parceria que foi destacada pelo Estado inclusive em suas peças de comunicação. A dirigente aproveitou para pedir a Marcos Rocha um encontro, com vistas a fortalecer essa união para emergência futuras.

Na prática, o Sindag quer reforçar junto ao comando das operações no Estado a disposição do setor no apoio aos bombeiros e brigadistas na linha de frente. Nos últimos 50 dias, aviões agrícolas lançaram cerca de 4 milhões de litros de água contra as chamas em Rondônia. Essa foi a primeira atuação de uma brigada aeroagrícola local de combate a incêndio em áreas de preservação na Amazônia.

Segundo o empresário e piloto agrícola Rodrigo de Faria (da Jusarah Aeroagrícola), a empresa ainda segue em regime de plantão, para o caso de novos focos. “Tivemos 500 horas de trabalho com duas aeronaves, atuando em conjunto com os governos estadual (bombeiros) e federal (ICMBio)”, destaca.

Para Faria, a ação em conjunto com os bombeiros e brigadistas teve um significado a mais. Além do apoio e proteção para as equipes em solo. A defesa de um patrimônio que é de todos. “Cerca de 25% do Estado é de áreas de reservas, sejam extrativistas, biológicas, indígenas e outras”, destacou. “O avião, nesse cenário, se mostrou fundamental pela sua rapidez em chegar a focos distantes e com boa capacidade de água”, enfatizou.

FARIA: Aeroagrícola teve 500 horas de voo contra fogo em reservas naturais no Estado – Foto: Castor Becker Jr/C5 NewsPress

PRERROGATIVA

O Sindag deve divulgar ainda neste mês o balanço do combate aéreo a incêndios no Brasil este ano. Mas a expectativa é de que fique bem além do último levantamento, realizado sobre as operações de 2021 – quando o setor lançou quase 20 milhões de litros de água contra chamas. Só no levantamento preliminar de 2024, em agosto (no meio da temporada das chamas), aviões agrícolas  já haviam lançado 15,8 milhões de litros de água contra incêndios no Sudeste e Centro-Oeste – incluindo o Pantanal, mas sem considerar a Amazônia.

Esse modelo de operação com aviões e brigadistas é adotado internacionalmente. Há mais de três décadas é empregado em reservas naturais brasileiras e, mais tarde, passou a ser usado também em lavouras (junto com brigadistas de fazendas e usinas). Lembrando que a aviação agrícola opera em reservas federais em parceria com equipes do ICMBio desde a criação do órgão, em 2007.

Antes disso, já operava desde os anos 1990 com as equipes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e (nos Estados) com bombeiros. Para completar, desde os anos 1960 o combate a incêndios em campos e florestas está entre as prerrogativas do setor aeroagrícola. Em 2022 o País ganhou uma Lei Federal incluindo os aviões agrícolas na políticas de governo para o combate aos incêndios florestais.

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