26 de agosto de 2020

Seminário abrangerá situação das nuvens de gafanhotos na Argentina

Encontro terá autoridades brasileiras, além de representantes da Uruguai, Bolívia e Paraguai e vai abordar também riscos para os países e ações em conjunto contra a praga

A situação das nuvens de gafanhotos na Argentina, Bolívia e Paraguai e ações de cooperação internacional contra a praga serão tema de uma videoconferência na próxima sexta-feira (28), via YouTube. A promoção é do governo argentino, com a participação de representantes do Ministérios da Agricultura do Brasil, Uruguai, Bolívia e Paraguai. O chamado Seminário de cooperación regional Langosta sudamericana: estado de situación y perspectivas de colaboración terá início às 10 horas (horário de Brasília) e deve durar cerca de uma hora e meia. O encontro via web abordará também as perspectivas do Brasil e Uruguai sobre a questão.

O endereço para assistir ao seminário pode ser acessado clicando AQUI

clicando AQUI é possível preencher o formulário de presença no evento

Confira a programação no final do texto

Atualmente, a Argentina se vê às voltas com oito nuvens migratórias de gafanhotos da espécie sul-americano (Schistocerca cancellata). Elas se deslocam entre as províncias de Salta, Tucumán, Santiago del Estero e Córdoba. Uma nona nuvem foi eliminada na última semana, com pulverizações aéreas e terrestres em Santiago del Estero. Conforme o Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar da Argentina (Senasa), no último domingo (23), uma nova operação aérea foi realizada no interior do município de Cañada de Luque, no norte de Córdoba (a cerca de 580 quilômetros do Brasil).

Aviação agrícola combateu novamente gafanhotos no domingo (23) no norte de Córdoba

A aplicação feita por avião agrícola ocorreu nas primeiras horas da manhã e abrangeu uma área de 140 hectares, onde os gafanhotos haviam pousado no sábado (22). O Senasa coordenou a operação e informou que os resultados foram considerados bons, embora sem quantificar percentual eliminado da nuvem.

Já nessa terça (25), a cerca de 120 quilômetros ao sul o teatro de operações de domingo, foram realizadas aplicações aéreas e terrestres entre Bower e Rafael García. A mesmo tempo, técnicos do Senasa seguem rastreando todas as nuvens, em parceria com entidades agrícolas de cada província e dos próprios produtores rurais.

O objetivo é a cada dia localizar o ponto de parada da nuvem a tempo de se traçar o perímetro dos insetos antes de terminar o dia. A partir daí são preparadas aplicações aéreas ou terrestres (ou as duas juntas) para a manhã seguinte, antes que o dia esquente e os gafanhotos decolem novamente.

ALERTA

No lado brasileiro, segue o estado de alerta contra gafanhotos, pela circulação e nuvens de insetos no país vizinho. O Brasil está em emergência fitossanitária desde 25 de junho, depois que uma nuvem de gafanhotos chegou à província de Corrientes e se aproximou da fronteira com o Rio Grande do Sul (chegou a ficar a cerca de 140 quilômetro do território gaúcho). Segundo a Portaria 201/20 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a situação de emergência vale por um ano.

O Mapa também publicou em junho um Manual de Procedimentos Gerais contra a praga, com a lista de produtos autorizados para o combate dos gafanhotos. Desde o início da crise, o Sindag já havia colocado aviões agrícolas à disposição do Ministério e do governo gaúcho (que também editou seu plano de ação) para o controle dos insetos, caso eles atravessassem a fronteira.

A nuvem que em junho entrou em Corrientes acabou seguindo para a província e Entre Rios e, no dia 25 de julho, foi extinta com aplicações aéreas e terrestres no município de Federación, na fronteira com o Uruguai. Foi a primeira vez em mais de 70 anos que uma nuvem de insetos havia chegado tão perto do território brasileiro.

 

Programação do seminário da próxima sexta (28)

Situação das nuvens de gafanhotos que migram pela Argentina

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