Serviços, Lavouras atendidas e Procedimentos Aeroagrícolas
SERVIÇOS PRESTADOS
As empresas de aviação agrícola do Brasil prestam diversos serviços como:
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- Semeadura,
- Aplicação de defensivos químicos e biológico para proteção da lavoura,
- Povoamento de rios e lagos com peixes; e
- Combate a incêndios florestais.
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SOBRE A SEMEADURA:
É um bom negócio? É bom para o produtor rural? É bom para a aviação agrícola?
Muito utilizada em vários Estados, a semeadura aérea de pastagens é uma tecnologia que permite distribuir com rapidez e boa uniformidade as sementes de espécies forrageiras como a braquiária (principalmente no Brasil central) e o azevém, aveia e trevo na região sul.
Mas o que leva o produtor rural a utilizar a aviação em substituição à semeadura terrestre, que ele realiza com o maquinário próprio da fazenda?
Destacamos três motivos: a terceirização do serviço permite que a semeadura seja realizada sem ocupar mão-de-obra da fazenda, que geralmente está sendo empregada na colheita de grãos; a rapidez da técnica aérea possibilita disponibilizar grandes áreas em poucas horas de aplicação; com aeronaves podemos realizar a sobre-semeadura, lançando as sementes antes da colheita das lavouras de grãos.
Para obter sucesso, são necessários cuidados com a qualidade das sementes, regulagem e calibração das aeronaves, e atenção às condições de umidade do solo e ventos durante a aplicação.
Soja, arroz e milho são culturas que podem receber pastagens em sucessão. A integração lavoura-pecuária cresce a cada ano, caracterizando-se como uma técnica conservacionista que gera boa lucratividade.
Antes da colheita da lavoura, é realizada a semeadura aérea. Em arroz e milho, cerca de 15 dias antes da colheita. No caso da soja, o momento ideal é o início da queda das folhas, que se depositam sobre as sementes, criando uma ambiente favorável para a germinação e estabelecimento da pastagem. Desta forma, no momento da colheita da lavoura, a pastagem já está estabelecida, permitindo antecipar o pastoreio em até 30 dias.
Esta antecipação na entrada do gado, com o consequente engorde, por si só já paga a aplicação aérea, na opinião de muitos usuários. Operador aeroagrícola: promova a semeadura aérea de pastagens entre seus clientes.
Semeadura aérea de pastagens é um bom negócio, sim!
Sobre o Combate a Incêndios e a Aviação Agrícola (Segurança e economia)
Desde 1969, o combate a incêndios em campos e florestas é uma das prerrogativas legais da aviação agrícola no Brasil. Só em 2019, empresas aeroagrícolas realizaram mais de 1,8 mil lançamentos de água contra chamas em diversos Estados – inclusive na Floresta Amazônica. Entre as principais vantagens da terceirização, estão a economia para os cofres públicos e a segurança do pessoal envolvido nas operações.
Para formar um piloto de combate a incêndios, o Estado ou a União precisam que o profissional chegue a pelo menos 370 horas de voo para poder pilotar um avião agrícola com motor a pistão (de porte menor). Com o qual ainda precisaria treinar voo baixo e sobre terreno difícil até conseguir passar para um avião agrícola turboélice (de porte maior e que são os modelos mais usados contra as chamas). O que pode demorar mais de dois anos, mesmo com investimento constante em treinamento.
Ao passo que um piloto de empresa agrícola, além e já ter pelo menos 2 mil horas de voo quando começa a combater incêndios, ainda passa o ano todo voando sobre lavouras, muitas vezes sobre terreno acidentado e com obstáculos (como linhas elétricas). Para o poder público, além de não ter a despesa de compra e manutenção de aeronaves que ficam boa parte do tempo paradas, não há o risco de falta de prestadores de serviço. Isso porque as empresas de aviação agrícola combatem chamas no período de entressafra – que coincide com a temporada de incêndios no País.
No quesito segurança, o apoio aéreo é fundamental para as equipes em solo, tanto para evitar que sejam cercados pelo fogo quanto para diminuir o desgaste. Segundo um estudo do Corpo de Bombeiros de São Paulo – Estado que também terceiriza esse serviço -, o tempo de combate a incêndios em vegetação cai na proporção de sete para um quando há emprego da aviação agrícola. Ou seja, no caso dos bombeiros, menos tempo que as guarnições passam fora de seus quartéis, diminuindo a proteção às populações urbanas.
Veja um vídeo de COMBATE A INCÊNDIOS FLORESTAIS que ocorrem em diversas partes do Brasil! Chamada dos Guimarães, Veadeiros e na Amazônia.
SOBRE AS LAVOURAS ATENDIDAS
A Aviação agrícola é fundamental para mais de 15 culturas no Brasil sendo algumas delas: cana de açúcar, café, arroz, soja, milho, trigo, algodão, banana, laranja, eucalipto, seringueira, feijão, batata, mandioca, macadâmia e pastagem.
A cultura da cana-de-açúcar, do café, da banana e da laranja, por exemplo, o avião é essencial nos estágios mais altos das plantas. No cultivo de arroz irrigado, localizado principalmente no Sul do país, mas com uma parcela significativa também no Centro-Oeste, as lavouras são altamente dependentes da pulverização aérea. E veja bem: o arroz brasileiro é considerado livre de resíduos e um dos mais seguros do mundo.
SOBRE OS PROCEDIMENTOS
Nesse sentido, cumpre explicitar que a aplicação de defensivos agrícolas por qualquer empresa de aviação agrícola observa critérios rígidos de segurança, previstos em lei (DL 917/69, IN/MAPA 02/2008), portanto, obrigatórios, funcionando da seguinte forma:
- a) inicialmente um engenheiro agrônomo define a área em que o produto será aplicado, expedindo Receita Agronômica;
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- b) com a receita agronômica, o produtor rural procede a compra do produto, em que o Engenheiro Agrônomo emite Receituário, definindo a quantidade do produto a ser aplicada na lavoura;
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- c) com a liberação de engenheiro agrônomo, o avião é carregado por técnico agrícola executor em aviação agrícola, que verifica as condições climáticas, velocidade do vento, etc;
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- d) com o avião carregado, o piloto agrícola realiza a aplicação de acordo com as orientações constantes no Planejamento Operacional. Após, o piloto emite Relatório de Aplicação que é firmado também pelo técnico executor e pelo engenheiro agrônomo.
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Ou seja, trata-se de procedimento complexo e, na sua complexidade, visa obviamente maior eficiência na aplicação dos defensivos com o menor risco para o meio ambiente. Observando os itens supracitados, a aplicação terá sido realizada de forma regular, observando os ditames legais.
VEJA O PROCEDIMENTO NO AVIÃO AGRÍCOLA
Você saber porque existe a função do Técnico Executor?
O Executor de Aviação Agrícola é um Técnico em Agropecuária, especializado em Aviação Agrícola por um “Curso de Executores de Aviação Agrícola”, ministrado ou autorizado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Atualmente o Curso tem a duração de 46 horas-aula e é realizado por diversas entidades privadas, credenciadas por aquele Ministério.
Tem o Executor a função de acompanhar e apoiar, em terra, a atuação de um avião agrícola durante sua operação..
Antes do advento de tal especialização, eram os aviões agrícolas apoiados por auxiliares dos quais não se exigia qualquer qualificação. Em algumas regiões, tal auxiliar recebia a alcunha de “badeco” e suas funções se restringiam quase que somente a transportar, por terra, os equipamentos e combustíveis destinados à operação, preparar as caldas dos produtos e abastecer a aeronave, com produtos e combustíveis.
Com o advento da figura do Executor, sendo este um técnico mais qualificado, tornou-se viável ser a ele atribuída função mais complexa e importante..
Assim, pode e deve o Executor extrapolar as funções do antigo “badeco”. Dentre outras atribuições, cabe ao Executor:
* Compor, com o piloto agrícola, equipe de trabalho multiprofissional, em relação de trabalho harmoniosa.
* Representar o Responsável Técnico, quando este não puder estar presente à aplicação, devendo seguir suas recomendações e ser por ele treinado.
* Ler, interpretar e por em prática as recomendações contidas nos rótulos e bulas dos produtos que serão aplicados, bem como o contido no Receituário Agronômico, dando ciência ao
* Assegurar-se que a operação a ser realizada tenha sido objeto de planejamento prévio, dele se inteirando principalmente quanto à presença de obstáculos que possam levar risco ao voo e, ainda, áreas vizinhas sensíveis à aplicação, alertando o piloto em relação a elas.
* Auxiliar o piloto nos procedimentos de calibração e ajuste dos equipamentos.
- * Monitorar os parâmetros climáticos, alertando o piloto sempre que tais parâmetros sofram significativas alterações;
- * Estar atento à possível ocorrência de condições eventualmente propícias à deriva inaceitável, alertando o piloto e propondo, se necessário, a interrupção ou modificações na estratégia da aplicação, visando evitar tal ocorrência.
- * Monitorar, quando necessário, a correta deposição do produto.
- * Supervisionar o trabalho dos auxiliares durante o preparo das caldas de produtos, de forma a assegurar-se da diluição nas proporções corretas, uso de equipamentos de proteção individual, se aplicável, e procedimentos de segurança ambiental, tais como evitar vazamentos e derramamentos que possam vir a contaminar o solo, na etapa de abastecimento da aeronave.
- * Supervisionar o correto procedimento de lavagem e inutilização das embalagens vazias, assegurando-se de que sejam elas entregues, lavadas e inutilizadas, ao seu proprietário;
- * Finda a aplicação, providenciar para que a área de abastecimento do avião esteja livre de resíduos acidentais dos produtos aplicados.
- * Zelar, junto ao contratante dos serviços, pela boa imagem e profissionalismo da empresa, auxiliando, se requerido, o contratante na tomada de decisões relativas à aplicação contratada e ao manejo após aplicação.
Como vemos, o Executor tem funções específicas, complexas, que vão muito além daquelas dos antigos “badecos”. Capacitá-lo e usar na plenitude as suas potencialidades, não o subestimando, agrega valor aos serviços prestados pela empresa aeroagrícola. A companhia que souber aproveitar o potencial deste profissional muito terá a ganhar em segurança e eficiência. Também o piloto, do qual o Executor é um parceiro e com ele compõe uma equipe, terá nele um auxiliar valioso, que propiciará mais segurança e tranquilidade ao seu trabalho.