Iniciativa da agência de aviação do país europeu visa a garantir a sanidade e a produtividade das lavouras do país, frente as ameaças da guerra na Ucrânia e das mudanças climáticas

A Agência Estatal de Segurança da Aviação da Espanha (Aesa) concedeu nesta semana as primeiras autorizações para o trabalho aeroagrícola com drones com mais de 25 quilos no país. A medida deve viabilizar a entrada de equipamentos de pulverização especialmente em lavouras de uvas, florestas e outras culturas. O objetivo é garantir maior produtividade à agricultura frente à ameaça de crise alimentar provocada pela guerra na Ucrânia e pelas mudanças climáticas.

A licenças foram liberadas para a empresas aeroagrícolas e o processo levou cinco meses – a cargo da empresa Ampell Consultoria, com sede em Madri.

No caso da Espanha, com a agricultura representando 9% de seu produto interno bruto, o desafio é aumentar produtividade e reduzir a emissão de gases do efeito estufa. O país, que é um pouco menor do que o Estado de Minas Gerais (505,9 mil contra 586,5 mil quilômetros quadrados), tem uma área média de 47 hectares em suas propriedades rurais, segundo a Rede Nacional de Contabilidade Agrária (Recan) espanhola. E utilizou mais de 73 mil toneladas de defensivos em 2021, segundo o Gabinete de Estatísticas da União Europeia (Eurostat)

A aviação agrícola convencional atualmente é utilizada no território espanhol em operações de emergência contra pragas ou em ações governamentais de saúde pública – neste caso, por exemplo, no combate a lagartas tóxicas em pinheiros ou para exterminar focos de mosquitos. Além disso, durante a fase crítica da pandemia de Covid 19, o governo local utilizou drones de pulverização para desinfecção de áreas abertas e instalações.

ESSENCIAL: aplicações aéreas com a ferramenta remota são estratégicas em um país com a meta de produzir mais tendo áreas rurais pequenas – foto: Instituto de Pesquisa da Catalunha IRTA